Sul: Chuva paralisa trabalho no campo

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A presença de duas áreas de baixa pressão sendo que uma delas deu origem a uma frente fria sobre a região Sul juntamente com um bloqueio atmosférico na altura do Sudeste mantém a previsão de muita chuva em boa parte do Sul do país. Os maiores volumes continuarão sendo observados no estado gaúcho e catarinense, alerta o agrometeorologista Marco Antonio Santos.

 

Em Uruguaiana, no último final de semana, o município registrou volumes próximos dos 180 mm e várias áreas de arroz foram alagadas. Houve registro de temporais em outras localidades com registro de granizo em Ibirubá, no Rio Grande do Sul, atingindo áreas de milho e trigo.

 

A semana começa com alerta para muita chuva em todo o estado gaúcho. O volume pode atingir valores superiores a 200 mm entre hoje (17) e quarta-feira (19). Não dá para descartar queda de granizo e mais prejuízos em lavouras de trigo, milho, soja e arroz. A tendência é de diminuição da chuva a partir de quinta-feira (20). Mesmo assim, todas as atividades de campo, como colheita, plantio e demais tratos culturas se manterão paralisadas ao longo da semana com registro de perdas localizadas.

 

Enquanto todo o corredor de umidade estiver direcionado para o Sul do País, toda a região central e norte manterá um tempo mais firme e com possibilidades apenas para eventuais pancadas de chuvas isoladas e de fraca intensidade. Além do tempo mais firme as temperaturas ficarão mais altas neste período. A taxa de evapotranspiração sobe e reduz os níveis de água no solo.

 

Por causa disso, algumas áreas de soja já semeadas em Rondônia, no Centro-Oeste, Sudeste, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e poderão sofrer replantio, uma vez que as chuvas só deverão voltar de forma regular e em bons volumes no final desse mês e em algumas localidades mais ao norte do Brasil, nas primeiras semanas de novembro, comenta Santos.

 

Todo o cuidado será pouco na implantação de culturas como soja, milho e feijão, além é lógico de culturas como café e laranja, que poderão sofrer com pequeno estresse hídrico e térmico neste período o que afeta o potencial produtivo das plantas, conclui o agrometeorologista.