Umidade alta no solo prejudica colheita no MT

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Os últimos dias foram marcados por muita chuva e grande dificuldade para a realização da colheita da soja no Mato Grosso. Produtores rurais relataram prejuízos em suas propriedades, por terem que colher soja com elevados níveis de umidade (acima dos 30%), comenta o agrometeorologista Marco Antônio Santos.

 

O tempo permaneceu bastante fechado e chuvoso também em Rondônia, Goiás, norte do Mato Grosso do Sul, em São Paulo e na metade sul de Minas Gerais, bem como em áreas do Tocantins e do Pará. Áreas de soja destes estados também foram afetadas pelas chuvas, só que em menor proporção, uma vez que ainda não estão em plena atividade de colheita.

 

Já em toda a região Sul e em boa parte do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia a semana foi marcada pelo tempo firme e sem registros de chuvas, mas por enquanto não há relatos de perdas.

 

Nesta semana, a previsão é de que não venha ocorrer mais esse período de “invernada” que ocorreu nesses últimos cinco dias, mas as chuvas continuarão a ocorrer sobre toda a faixa central do Brasil, já que ainda há muitas áreas de instabilidade sobre essa região do País. As condições voltam a ficar mais favoráveis à realização da colheita da soja e também dos tratos culturais com paralisações momentâneas. Vale lembrar, que não é só a soja que é afetada por esse período de tempo fechado e muito úmido, lavouras de milho, feijão, café e citros também são prejudicados por conta dos baixos índices de radiação solar, bem como uma maior proliferação de doenças.

 

No Sul, as chuvas deverão retornar à região entre essa quarta (25) e quinta-feira (26), por causa de áreas de instabilidade associadas à passagem de uma frente. Com isso, as condições voltam a ficar bastante favoráveis ao desenvolvimento das lavouras. Os volumes esperados deverão superar os 30 milímetros, o que elevará os níveis de umidade do solo.

 

No Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, as chuvas já deverão ocorrer a partir desta terça-feira (24). Ao longo desta semana, há previsão de chuvas em praticamente todas as regiões produtoras o que possibilita a elevação dos níveis de umidade do solo e garante melhores condições ao desenvolvimento das lavouras.

 

E, para a última semana de janeiro, esse padrão meteorológico não deverá ser alterado. Chuvas ainda irão ocorrer em quase todo o Brasil, porém, apenas na forma de pancadas o que mantem uma condição mais favorável à realização da colheita, plantio e tratos culturais, bem como ao desenvolvimento das lavouras.