Colheita da soja pode bater novo recorde

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Em uma pesquisa divulgada pela agência Reuters, foi constatado que o Brasil deve colher 120,40 milhões de toneladas de soja na safra 2018/19, com aumento de 2,8% da área plantada. Se concretizado, esse número representa um novo recorde, que ressalta a posição de liderança que o país possui na exportação do grão.

 

A expansão da área plantada também bateu recordes, atingiu o número de 36,14 milhões de hectares. Ainda assim, há expectativa de aumento, que mesmo significando uma média menor de produtividade quando comparado ao ciclo anterior, a nova projeção para a colheita supera dados de estimativas anteriores.

 

Por conta da chuva irregular que está ocorrendo nas últimas semanas, os produtores buscam certa cautela neste começo de plantio. No Mato Grosso, o principal produtor brasileiro, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o avanço está acima da média dos últimos cinco anos. No estado, as atividades de campo avançaram por volta de 4% da área projetada. No Paraná, estado que está contando com maior ocorrência de pancadas de chuva, o ritmo de plantio está mais acelerado, constando cerca de 20% das áreas semanada.

 

Previsão para as próximas semanas

 

De acordo com a meteorologista da Climatempo, Graziella Gonsalves, o início do período úmido ainda esta sendo marcado por muita irregularidade em todo o país. O Estado do Mato Grosso está sofrendo mais com esta condição, já que a chuva está caindo de maneira muito mal distribuída. Fazendas vizinhas acabam recebendo volumes de chuva muito diferentes e isso atrapalha a manutenção do solo para o recebimento dos grãos.
 
O produtor que teve a umidade do solo recuperada conseguiu realizar o plantio antecipado, porém esta não é a realidade de todo o estado. No início da segunda quinzena de outubro, ocorre uma melhora na distribuição da chuva, porém a regularidade só será vista á partir de novembro.
 
No Paraná, a chuva estão mais volumosas e abrangentes. O aquecimento do Pacífico na porção mais próxima da linha do Equador, ajuda no avanço das instabilidades sobre o estado. Este aquecimento persiste até que se forme um El Niño fraco e de curta duração, entre novembro e dezembro. Fator que impacta na chuva ser mais frequente sobre o Paraná do que em Mato Grosso. Portanto o plantio pode sofrer paralisações nos dias em que houverem menores aberturas de sol.