Chuva prejudica manejo das lavouras de arroz

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O mês de outubro superou a média climatológica de precipitação na maioria das regiões produtoras de arroz, sendo que apenas a região Noroeste do Rio Grande do Sul ficou com precipitação abaixo da média. Na região Central do Estado, os volumes superaram os 400 mm. A maior parte do Estado gaúcho, sobretudo a Metade Sul (região orizícola), registrou valores de precipitação acima da média.

 

Além dos volumes terem sido bastante elevados em outubro, a frequência das precipitações também foi alta. Estes fatores fizeram com que a evolução da semeadura do arroz no Rio Grande do Sul ficasse muito lenta, sendo que em algumas regiões ficou praticamente estagnada. 

 

De acordo com o Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga), as frequentes chuvas têm prejudicado também os manejos da lavoura, como as aplicações de herbicida em ponto de agulha e de ureia no seco e a posterior entrada d’água na lavoura. Estes manejos iniciais são cruciais para os produtores manterem a lavoura livre de plantas daninhas, assim como ter o melhor aproveitamento dos insumos colocados no solo.

 

Outro fator que está preocupando é a semeadura da soja, que inicia entre o final de outubro e início de novembro. A frequência e os volumes das precipitações também têm preocupado os produtores, principalmente os que fazem rotação com arroz, por serem áreas mais baixas e de difícil drenagem do solo.

 

Este cenário preocupa os orizicultores, visto que a janela ideal para a semeadura do arroz chega ao final nesta sexta-feira (15/11). De acordo com os meteorologistas da Climatempo, a chuva vai dar uma trégua no Rio Grande do Sul. Entre os dias 16/11 e 19/11, o tempo fica seco em todo o estado, com sol e temperaturas mais elevadas.