Estiagem no RS atinge uva, milho, soja, feijão e fumo

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De acordo com o último boletim do dia 16/01, divulgado pela Defesa Civil gaúcha, já chega a 55 o números de municípios que decretaram emergência por causa da estiagem. 

 

A iniciativa das prefeituras visa a facilitar o recebimento de recursos e, assim, amenizar os problemas dos agricultores, ajudando também na renegociação de dívidas. A seca que atinge o Rio Grande do Sul desde o final de 2019, é considerada a mais severa desde 2012. Somente em Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, o prejuízo é estimado em mais de R$ 100 milhões. Na Serra Gaúcha, a quebra na safra da uva pode chegar a 30%.

 

As perdas nas lavouras de milho em Ijuí, região Noroeste do Rio Grande do Sul, deve chegar a 60% neste ano. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater de Ijuí, João Vitor Buratti, a estimativa se relaciona a projeção de produtividade feita para a cultura do milho neste ano.

 

A quebra na produção prejudica especialmente a silagem, cujo principal elemento é o milho. Com a menor quantidade do produto, a silagem deve perder qualidades nutritivas do alimento destinado ao gato de corte e leite. Com essa condição, a produtividade da pecuária pode apresentar redução nos próximos dez ou 12 meses.

 

Segundo dados do escritório da Emater em Ijuí, com relação a soja, a produtividade deve apresentar queda de até 15%. O Rio Grande do Sul tende a perder 20% de sua safra de milho e 9% de sua safra de soja, segundo estimativas do órgão, divulgadas na última terça-feira.

 

Cidades que decretaram situação de emergência por causa da seca

 

Segundo o último boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, do dia 16/01 as cidades que já decretaram emergência por causa da seca são: Chuvisca, Cerro Grande do Sul, Sertão Santana, Barão do Triunfo, Camaquã,  Mato Leitão, Encruzilhada do Sul,  Mariana Pimentel, Pantano Grande, Sinimbu, Venâncio Aires, Amaral Ferrador, Cerro Branco, Cristal,  Passo do Sobrado, Ponte Preta, São Jerônimo, Progresso, Santa Cruz do Sul, Boqueirão do Leão, Dom Feliciano, Vale do Sol, Vale Verde, Vera Cruz, Fontoura Xavier, São Gabriel, Lagoão, Canguçu, Agudo, Sobradinho, Arroio do Meio, Cachoeira do Sul, Gramado Xavier, Rio Pardo, Herveiras, São Lourenço do Sul, Segredo, Candelária, Itatiba do Sul, Paraí, Muitos Capões, Estrela Velha, Nova Palma, Santa Tereza, Passa Sete, Júlio de Castilhos, Ibirubá, Butiá, Ibarama, Arroi do Tigre, Barros Cassal, Canudos do Vale, Toropi, Soledad, Gentil, Nova Bassano, Lagoa Bonita do Sul, Pinhal Grande, Novo Cabrais, Alto Alegre, Tupanciretã, Santa Maria, Salto do Jacuí, São Pedro do Sul.

 

Análise climática 

 

De acordo com o meteorologista Filipe Pungirum, da Climatempo, até o final de fevereiro a maioria das frentes frias vão passar pelo mar afastadas do continente e não conseguir provocar chuva suficiente para reverter o quadro de estiagem.

  

Diante do cenário de estiagem, o governador Eduardo Leite se reuniu com representantes das secretarias de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e do Meio Ambiente e Infraestrutura e com a Defesa Civil para discutir medidas para serem tomadas.

Atento às dificuldades enfrentadas pelos municípios e aos temores dos produtores rurais, cujas culturas são afetadas pela falta de chuva, Leite solicitou que as pastas, com o auxílio de órgãos de análise de dados, elaborassem um mapeamento das principais culturas afetadas e das estimativas climáticas para os próximos meses. “Estamos trabalhando para mitigar os efeitos do quadro apresentado e, também, na prevenção, com base no que estiver previsto para o restante do ano”, disse o governador.

 

O secretário adjunto de Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez, adiantou que algumas culturas que foram bastante atingidas necessitarão de replantio. ” Vamos pedir ao Ministério da Agricultura que prorrogue o prazo de zoneamento agrícola e que reserve uma cota extra do seguro agrícola”, explicou. As medidas, autorizadas pelo governador, tendem a trazer tranquilidade aos produtores rurais, e foram alinhadas com entidades envolvidas no setor. 

 

Neste momento, as culturas mais afetadas são milho, fumo, soja e feijão. “O milho é a base da cadeia produtiva, e deve afetar também a produção de leite. É uma cultura sensível. O feijão não foi afetado em algumas regiões, mas, em outras, as perdas variam entre 30% e 40%. O fumo foi bastante atingido pelo calor e falta de chuva, que enfraquece a folha. A soja também sofreu impactos severos nas regiões de Passo Fundo e de Não-Me-Toque”, detalhou Rodriguez.

 

Reservatórios móveis estão sendo distribuidos para as comunidades mais afetadas. Até o momento, 21 cidades receberam o empréstimo de 34 unidades de viniliq pipa (tanque flexível para transporte de água), com capacidade de 4,5 mil litros.

 

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