Você sabia que mais de 99% do tomate do Brasil é produzido em campo aberto?
Do tipo italiano e mais alongado, o Vero, por exemplo, começou a ser plantado desde o início neste sistema por sua elevada produtividade e resistência a doenças. Mas é por causa do seu sabor, consistência diferenciada, mais fibras (firmeza), maior conservação pós-colheita (durabilidade) e frescor, que hoje é reconhecido em todo o Brasil.
O engenheiro agrônomo, Ricardo Mikami, separou 5 dicas fundamentais para auxiliar no cultivo de tomates Vero em campo aberto. Vale ressaltar que estes itens também servem para plantação em estufa e para o cultivo de outras hortaliças. Confira abaixo:
Realize constantemente treinamentos para capacitar sua equipe e consequentemente alcançar os melhores resultados. Colaboradores que são treinados realizam suas atividades com maior precisão;
Tenha uma equipe com profissionais sempre atualizados com os lançamentos de produtos e novas tecnologias, capacitados para realizarem assistência técnica especializada no cultivo;
Invista em insumos corretos para cada época de plantio. A escolha certa do híbrido, da adubação e dos defensivos durante a plantação é fundamental para o sucesso da lavoura;
Faça uma irrigação bem dimensionada, permitindo que os emissores distribuam a água com um adequado grau de uniformidade. A umidade no solo afeta diretamente a produtividade das plantações;
Efetue antecipadamente o planejamento dos canais de comercialização da produção. Ter em mãos um plano de vendas é essencial para traçar metas importantes para seu negócio.
Foto: Horticeres
Qual o manejo de água correto para o cultivo do tomate?
Todo produtor rural tem como intuito aumentar sua produtividade e a qualidade de seus frutos, apostando na sustentabilidade do negócio. O manejo adequado de água é um dos diversos fatores agronômicos responsáveis por influenciar diretamente no plantio. O tomate Vero, por exemplo, exige fornecimento constante de água durante sua fase de crescimento. A quantidade correta, quem determina é a planta e sua fase fisiológica, relata o engenheiro agrônomo.
Ele reforça que uma planta recém transplantada necessita de umidade para que as raízes das mudas se desenvolvam. A dica, neste caso, é provocar um pequeno estresse hídrico para proporcionar melhor o enraizamento (vale lembrar que esse conceito é praticamente impossível em períodos de chuvas). No início, pode ser utilizado lâminas mais baixas e turno de rega número de dias que o solo terá reserva de água suficiente para suprir a necessidade hídrica das plantas, sem prejudicar o seu desenvolvimento de três a quatro dias. Conforme as plantas vão mudando de fase, a lâmina de irrigação vai aumentando e o turno de rega, diminuindo, explica.
O agricultor ainda pode monitorar o manejo por meio do uso de tanque “Classe A” e coeficiente da cultura (KC), tensiômetro e estações meteorológicas automatizadas. No entanto, o excesso de água pode ocasionar muitos danos no cultivo, como o mau enraizamento das plantas e algumas deficiências induzidas por falta de oxigenação do solo. Além disso, pode favorecer o ataque de nematoides no deslocamento em direção das raízes, e fungos e bactérias que entram no fruto pelas lenticelas devido a demasia de umidade.
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Foto: Istock
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