O agronegócio, os caminhos e a mudança climática

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Com o aumento da temperatura, períodos de seca e os eventos extremos de clima cada vez mais intensos e recorrentes, o produtor rural deve estar atento para manter a produtividade em grandes patamares. O Congresso Brasileiro do Agronegócio,  na última segunda-feira (01/08) abordou a mudança climática como desafio importante e sua relação próxima com o meio ambiente e o setor do agro.   

 

A integração é ponto central para o agronegócio brasileiro ampliar sua competitividade em âmbito global, mas também para produzir mais com um nível ainda maior de conservação ambiental. E essa integração precisa ser global, ou seja, entre os segmentos público e privado, entre as cadeias produtivas, entre academia e empresa e entre países.

 

“Precisamos estar presentes nas discussões das métricas de sustentabilidade e informar o que é importante para uma agricultura tropical e não apenas aceitar o que é bom para o mundo temperado. Por isso, estamos discutindo em nível nacional com diversos agentes como podemos atuar”, disse.

 

Para ele, o agro brasileiro precisa ser proativo pela condição excepcional de grande exportador e produtor de alimentos, fibras e energia. “ É importante valorizar os programas nacionais que buscam incentivar a união entre a produção e a conservação ambiental”, afirmou o Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG.

 

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Foto: Angela Ruiz – CBA 2022

 

O caminho da integração 

 

Durante o Congresso foi debatido a integração nas cadeias produtivas que viabilizará o complexo mundo tropical brasileiro, fortalecendo a biodiversidade, provendo segurança alimentar e energética, produzindo mercados menos voláteis. A integração irá estimular a competitividade em processo mais aberto e criativo, e une o público e o privado em ações conjuntas.

 

“Nossa integração agroindustrial traz claras vantagens que precisam ser entendidas pelo mundo temperado e as suas diferenças incorporadas a qualquer modelo ou métricas sobre sustentabilidade”, ressaltou Carvalho.

 

Sobre os caminhos para integrar a produção é importante realizar a integração da visão da geopolítica com o clima, produção e demanda de alimentos e energias. A tecnologia e a ciência devem caminhar juntas para obter resultados relevantes para ajudar o agro na adaptação climática. Veja a entrevista:

 

 

No caso do mercado do carbono, Leite afirmou que o Brasil é o primeiro país a incluir o agro no programa. “O setor é parte da solução, pois absorve parte das emissões. Hoje, a produção de cultivares absorve 45% das emissões”, disse. 

Ingo Ploger, conselheiro da Abag também comentou sobre trabalho do Brasil no mercado de carbono. Acompanhe:

 

 

Por fim, o presidente da Abag em entrevista coletiva ao final do evento comentou ainda sobre a importância do etanol, sobre o fornecimento de energia renovável mais barata e sobre mostrar na COP 27 o Brasil real, que é sustentável e verde.

 

Durante o 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio com o tema Integrar para Fortalecer foi entregue o Prêmio Norman Borlaug – Sustentabilidade, a Mariangela Hungria da Cunha, pesquisadora da Embrapa Soja. Ela é a única da América do Sul entre os 100 principais cientistas do mundo.