O café já não é a principal cultura de exportação do Brasil há muitos anos. Mesmo assim, é um produto importante nas bolsas de mercadoria.
Até, novembro do ano passado, a previsão da safra brasileira de 2016/17 feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) era de 56,1 milhões de sacas de 60 kg, 3% a mais que a safra anterior. Como o ciclo do café é bianual, a safra foi impactada pela falta de chuva do verão de 2015/16, estação na qual nem a irrigação foi permitida.
Como algum especialista pode colocar uma previsão de aumento da produtividade para o café?
O analista de Safras & Mercado, Gil Barabach fala de uma expectativa de 54,9 milhões de sacas, uma queda de cerca de 2%.
O preço oscila com as opiniões e a safra de 2018 começa bem, com as temperaturas amenas do inverno de 2016, com a boa chuva do verão de 2016/17. Temos ainda mais um inverno e um verão pela frente antes de prever a safra do ano que vem.
Análise climática de curto, médio e longo prazo. Veja aqui
Até, o final desta semana, uma forte onda de frio deve atingir a Região Sudeste do Brasil. A temperatura durante a madrugada pode cair abaixo dos 10°C em grande parte dos cafezais.
Outra grande massa de ar polar está se formando sobre o sul do Oceano Pacífico e deve chegar ao Brasil no outro fim de semana e por volta do dia 11 de junho o frio deve ser intenso mais uma vez.
As expectativas são de outro inverno ameno e chuvas regulares em todas as áreas de produção de café do Brasil?
No mapa abaixo vemos a estimativa de previsão da Climatempo para chuva no mês de junho de 2017. Mais umidade que o normal no sul e triângulo mineiro e menos chuva no Espírito Santo.
Vale ressaltar que as chuvas nas plantações do Brasil nesta época do ano são trazidas pelas frentes frias. O clima ameno significa com ou sem previsão de geadas?
Ana Lúcia Frony de Macêdo, Meteorologista
