A crise hídrica que assola a população de Goiás vem prejudicando também as atividades que necessitam de água. A falta de chuva prejudicou diretamente o planejamento dos produtores agrícolas e da população. O governo do estado chegou a decretar situação de emergência, em virtude da escassez hídrica na Bacia do Meia Ponte.
Para o agrometeorologista Marco Antônio Santos, o melhor que os produtores têm a fazer diante da crise é usar conscientemente o rodízio dos sistemas de irrigação, que podem estar sofrendo dificuldade em se manter em plena atividade. O ideal é o produtor utilizar esse sistema somente quanto for extremamente necessário, e em quantidades adequadas, afirma Santos.
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Total de água
Do total da água consumida na Grande Goiânia, 70% é captada para consumo da população e os 30% restantes pelo setor privado para abastecer indústrias e lavouras. Dessa forma, o governo irá reduzir para 15%, até o abastecimento ser normalizado.
Ainda, de acordo com o agrometeorologista não houve danos significativos em nenhuma cultura por conta da estiagem em Goiás. A cana-de-açúcar, por exemplo, foi beneficiada pelo clima mais seco, já que os produtores conseguiram avançar a colheita. O grande problema é se as chuvas não vierem de forma natural e em volumes satisfatórios no mês de outubro. Isso poderá acarretar prejuízo para as safras de soja, cana de açúcar, hortaliças e pastagem, diz.
Tendência de chuva
Neste fim semana, Goiás e o Distrito Federal, terão muito sol e calor intenso. O ar fica cada vez mais seco. Por isso, não há expectativa de chuva. Para semana de 08/10 a 14/10 a tendência é de tempo firme com possibilidade de eventuais pancadas de chuva de forma isolada. Somente em meados de outubro é que realmente o regime de chuvas se instala sobre o estado, e com isso as chuvas ficarão mais frequentes e em bons volumes, afirma Santos.
Abaixo você observa o mapa de chuva acumulada para os próximos dias:
Colaborou no texto: Amanda Sampaio
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