A safra de soja 2017/18 sem dúvida está sendo uma safra excepcional no que diz respeito ao bom desenvolvimento da cultura. As regiões que iniciaram o plantio mais cedo, como grande parte de Mato Grosso, sul e sudoeste de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná já estão em período de colheita e as chuvas mais frequentes têm atrapalhado o pleno andamento da colheita e posterior plantio do milho safrinha. Porém, isso não é nada que venha trazer impactos na qualidade ou na produção da safra de forma geral.
Somente a título de curiosidade, essas chuvas mais frequentes, principalmente na região Central do Brasil ocorrem devido ao corredor de umidade proveniente da Amazônia. Quando esse corredor de umidade persiste por mais de quatro dias, ele recebe o nome de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) um sistema meteorológico bem típico dessa época do ano.
Por outro lado, o Rio Grande Sul, que vem sofrendo com chuvas muito irregulares, reflexo do resfriamento das águas do Pacífico Leste, terá um alívio a partir do próximo final semana (05/02). A previsão é que as chuvas voltem a atuar em grande parte do estado ainda de forma fraca, porém com persistência para as próximas semanas. As mesmas chuvas deverão inclusive atingir a Argentina, o que pode favorecer a queda no preço da soja.
Por fim, as regiões produtoras do oeste da Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins estão atingindo excelente produtividade com as chuvas mais frequentes que vêm ocorrendo em grande parte desses estados. De acordo com o produtor Adaiton Vieira de Jesus, o plantio da soja em sua fazenda no sul do Piaui se iniciou somente em dezembro, e a sua preocupação já está no comportamento das chuvas para o final de fevereiro, almejando um bom planejamento para o inicio da colheita da soja.
Texto por Vitor Hassan – Meteorologista
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