Áreas de instabilidade continuam bastante ativas sobre a região central do Brasil nesta quarta-feira (07), inclusive já há registros de chuva em diversas localidades de Rondônia, Mato Grosso e em Minas Gerais. O pleno andamento da colheita da soja e posterior plantio do milho safrinha podem ser prejudicados pela chuva e pelo tempo mais fechado, uma vez que ainda há muitos produtores semeando seus campos.
A previsão é de que as condições climáticas permaneçam as mesmas até amanhã (08), e só na sexta-feira (09) é que a chuva deve diminuir e o tempo abrir mais. Entretanto, a passagem de uma frente fria pela região Sul e Sudeste no começo da semana que vem poderá deixar o tempo instável novamente.
Esse deverá ser o padrão do tempo ao longo de todo o mês de março em grande parte da região Centro-Norte do país, que terá pancadas de chuva praticamente todos os dias, mas bem irregulares. Isso pode ocasionar alguns volumes de chuvas abaixo da média, enquanto em regiões vizinhas as chuvas devem ficar bem acima da média.
Este padrão meteorológico está diretamente associado ao enfraquecimento da La Niña e, consequentemente, ao aquecimento das águas do Pacífico, que irão provocar chuvas bastante volumosas na região Sul e nas áreas produtoras da Argentina, principalmente na segunda quinzena de março.
Tendência
Até o final da próxima semana, a tendência é que os corredores de umidade ainda continuem atuando sobre a metade norte do país. Apesar das condições de chuvas mais escassas entre o Rio Grande do Sul, São Paulo, e boa parte do Mato Grosso do Sul, isso não deve ocasionar perdas ou prejuízos aos produtores, apenas mantém uma condição mais favorável à realização da colheita. E mesmo no Sudeste, lavouras de café e de cana-de-açúcar continuarão sendo beneficiadas, uma vez que os níveis de umidade do solo estão elevados.
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