Como evitar que a bovinocultura seja prejudicada pela seca

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O período de seca talvez seja a época que mais exige preocupação dos produtores. Por conta da redução de suprimentos, eles são obrigados a procurar soluções rentáveis que intensifiquem sua produção e evite que os animais tenham oscilação de peso. De acordo com o Diretor Técnico da Integral/Cargill Nutrição Animal, Luiz Henrique Dantas Carrijo, além da menor oferta de alimento a pasto, a qualidade também é mais baixa, causando perda de peso dos animais.

 

Por conta do alto teor de fibra e da deficiência proteica encontrado nas forragens, a digestão dos animais fica mais difícil por conta da parte fibrosa. Isso porque as bactérias celulolíticas, responsáveis pela digestão desse componente, precisam de amônia e esqueletos carbônicos para seu crescimento, fazendo com que os animais sofram deficiência enegética.

 

Para sanar esse problema o ideal é realizar uma mistura para corrigir a falta de proteína e energia. O farelo proteico, por exemplo, tem a função de suprir a deficiência de nitrogênio das bactérias ruminais, permitindo aumento de consumo da forragem de baixa qualidade e, consequentemente, maior ingestão de proteína e energia.

 

Outras medidas a serem tomadas

 

Para tornar viável a produção de gado de corte, também é preciso manejar racionalmente as pastagens durante a estação de crescimento (águas). No final da estação, aproximadamente na segunda quinzena de fevereiro, é recomendado iniciar a programação de veda do pasto, conservando alguns piquetes sem animais pastejando, para que quando o período das secas chegar, essas áreas apresentem maior concentração de forragem e de melhor qualidade.

 

Outra preocupação que favorece o bom desempenho da estratégia nutricional na seca é a estrutura dos cochos. A orientação é garantir espaçamento de 10 a 20 cm por animal, para que todos os bovinos consigam consumir o suplemento de forma homogênea, caso contrário, alguns animais apresentaram ganhos de peso, ao passo que outros poderão perder.