No mês de setembro, o montante obtido para as lavouras e pecuária foi avaliado em R$ 574,25 bilhões, 2,7% abaixo do ano passado, que foi de R$ 590,18 bilhões. As lavouras apresentaram redução de 1,7% e a pecuária, de 4,8%. O fato de ter ocorrido uma redução na produção do arroz e milho, diminuiu as estimativas de produção deste ano em 6% segundo o IBGE, sendo que no Sul foi ainda mais acentuado.
De acordo com José Gasques, coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), não devem ocorrer mudanças na tendência do valor bruto da produção, visto que as safras deste ano estão praticamente encerradas.
O melhor desempenho vem sendo observado em algodão herbáceo, com acréscimo de 44,5% no VBP, cacau, acréscimo de 27,8%, café, de 6,6%, soja, de 11,8%, tomate, de 4% e trigo, 79,7%. Contribuem, em geral, para esses resultados a combinação de preços e quantidades maiores alcançadas neste ano. O grupo representa 56,2% do valor das lavouras de 2018. Gasques destaca que soja, algodão e café, participam com 52% desse valor.
No grupo de maior redução de faturamento, estão amendoim (-12,9%), arroz (-17,6), banana (-9,2%), cana-de-açúcar (-14,3%), feijão (-32,4), laranja (-19,2) mandioca (-19,2), e uva (-26,3). Isso tem ocorrido devido a reduções fortes de preços ocorridas em alguns desses produtos, como feijão, laranja, cana-de-açúcar e arroz.
Também na pecuária há redução do VBP em todos os componentes avaliados. Isso é mais destacado principalmente em frango e ovos, onde houve decréscimo no VBP, de 19,6% e 13,1%, respectivamente, observa o coordenador.
Dados regionais mostram a liderança do Centro-Oeste no VBP, com R$ 166 bilhões, seguida pelo Sul, com R$ 143,8 bilhões, Sudeste, R$ 142,8 bilhões, Nordeste, R$ 53,5 bilhões e Norte, 33,5 bilhões.
