A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), iniciará em abril o desenvolvimento de estudos para indicação dos riscos climáticos para as culturas de caju, consórcio milho-braquiária, milho 1ª safra, feijão caupi e amendoim para a região Nordeste. O resultado dos trabalhos resultarão nas portarias de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).
No próximo mês, os especialistas da Embrapa, juntamente com técnicos da SPA e de outras instituições, vão iniciar um trabalho para identificar sistemas e manejos menos vulneráveis a adversidades climáticas na região, além de aprimoramentos metodológicos para as culturas do Nordeste. Os primeiros resultados deverão estar prontos até novembro.
Esses estudos possibilitam que novas regiões e culturas tenham zoneamento, com possibilidade de melhorar o acesso do produtor ao crédito e aos instrumentos de seguro e Proagro. Os agentes privados têm mais informações sobre os riscos das atividades e podem precificar melhor o crédito e os seguros rurais, ressalta o diretor de Gestão de Risco do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola.
A parceria com a Embrapa se fortalece a cada ano. Muitos pesquisadores da empresa estão dedicando tempo de trabalho para desenvolver metodologias visando a identificação e a mitigação de riscos para diversas culturas. O desafio agora é encontrar soluções para a agricultura no semiárido brasileiro, explica o coordenador-geral de Risco Agropecuário do Mapa, Hugo Borges.
Zarc
O zoneamento agrícola, instrumento de política agrícola e gestão de riscos da agricultura, indica os tipos de solo aptos ao plantio, a época de semeadura e as cultivares recomendadas para cada município, a partir de uma metodologia validada pela Embrapa. O estudo é elaborado com o objetivo de atenuar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos.
O produtor deve observar as recomendações do zoneamento para ter direito ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), Proagro Mais (para a agricultura familiar) e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural (PSR). Além disso, alguns agentes financeiros já estão condicionando a concessão do crédito rural ao zoneamento, que hoje contempla mais de 40 culturas e sistemas de produção.
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