A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União, as Instruções Normativas nº 111 e 112 que tratam, respectivamente, dos Planos Nacionais de Prevenção e Vigilância das pragas Lobesia botrana (Traça-europeia dos cachos da videira) e Moniliophtora roreri (Monilíase do Cacaueiro). Ambas as pragas compõem a lista de 20 pragas ausentes priorizadas no âmbito do Programa Nacional de Prevenção às Pragas Quarentenárias Ausentes no Brasil.
O objetivo dos planos é evitar a entrada de pragas exóticas de importância econômica no país ou adotar medidas tempestivas no caso de sua eventual detecção, evitando assim a sua dispersão para outras áreas e os consequentes danos econômicos e sociais para os produtores rurais, destaca a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro.
Segundo ela, todas as 20 pragas ausentes priorizadas terão planos específicos estruturados.
Pragas
A praga Lobesia botrana é categorizada como Praga Quarentenária Ausente (PQA) no Brasil e se constitui em grande ameaça às culturas da uva, mirtilo, cereja e ameixa. É considerada a principal praga da videira (Vitis vinifera). A vitivinicultura brasileira possui enorme importância social e econômica pelo elevado impacto na geração de emprego e renda, tanto nos segmentos de uvas de mesa (que representam mais da metade da área cultivada com uvas no Brasil) quanto nas uvas para processamento, destinada à elaboração de vinhos, espumantes, suco de uva e outros produtos.
Já a monilíase, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, é também PQA e considerada a doença mais devastadora para o cacau. A praga tem histórico de grandes prejuízos em outros países, sendo as variedades dos hospedeiros no Brasil suscetíveis a esta doença. Sendo o Brasil grande produtor de cacau, fica evidente o seu potencial de dano para o país.
As ações de prevenção à introdução de novas pragas no país são fator fundamental na proteção e sustentabilidade da fruticultura nacional e têm tido especial relevância neste ano, declarado pelas Nações Unidas como Ano Internacional da Sanidade Vegetal, com o objetivo de sensibilizar globalmente para as vantagens da proteção da sanidade dos vegetais, na prevenção da fome mundial, redução da pobreza, proteção do ambiente e estímulo do desenvolvimento econômico.
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