Especialistas indicam oportunidades para o BR exportar

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O Brasil já conquistou seu espaço como exportador pela alta qualidade e pela quantidade dos seus produtos. O desafio é diversificar mercados e abrir a economia. Essa foi a mensagem principal do  painel “Oferta e Demanda Global e a Diplomacia Brasileira para Abrir Novos Mercados”, moderado por Xico Graziano, durante o Congresso da Andav 2022, que se encerrou na última sexta-feira, dia 19 de agosto, em São Paulo.

 

A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, contou que o Brasil abriu mercados para 212 produtos, entre 2019 e 2021, entretanto 10 produtos respondem por 85% das vendas externas.

 

“Isso mostra que o país precisa diversificar sua pauta de exportações. Nesse aspecto, as prioridades, para os próximos anos, são o acesso a novos mercados, o fortalecimento da imagem do país e a promoção comercial”, citou.

 

Para ela, a responsabilidade por garantir a qualidade dos alimentos deve ser compartilhada entre o setor privado e público.

 

Já Claudia Trevisan, diretora executiva do CEBC, destacou o a posição do Brasil como fornecedor de alimentos para a China e disse que os dois países estão negociando a abertura de mercados para cerca de 50 produtos do agro brasileiro.

 

“Amendoim e milho receberam o sinal verde, em maio deste ano, sorgo e gergelim devem ser liberados até o fim de 2022. Frutas e lácteos também são promissores, além de produtos com grande valor agregado, mas é precisa definir estratégias para as negociações avançarem”, informou.

 

Enquanto Rubens Hannun, CEO H2R Pesquisas, apresentou as oportunidades do mercado árabe para o Brasil, cujas exportações multiplicaram por 10, entre 2001 e 2011, de US$ 1,48 bilhão, para US 15,03 bilhões.

 

“Embora tenha ocorrido uma queda entre esse período e 2021, os negócios começaram a reagir e no ano passado chegou a US$ 14,39 bilhões. “O bloco é o terceiro maior comprador do Brasil e o primeiro em proteína halal”, disse.

 

Na palestra “Os compromissos do Brasil com a produção agropecuária sustentável”, Cléber Oliviera Soares, secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), lembrou que o Brasil é o país que mais avança no mundo no que se refere a descarbonização, devido a uma série de ações práticas já adotadas, tais como: sistemas de plantio direto, remanejamento de pastagens, florestas plantadas e sistemas de irrigação, entre outros. “A agricultura será cada vez mais bio e digital”, frisou.

 

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Foto: FDfotografia.com.br

 

 

Fórum “Distribuição Veterinária” traz informações sobre mercado de proteína e sustentabilidade

 

O Fórum “Distribuição Veterinária”, que faz parte do Congresso Andav 2022, abordou dois temas principais: o mercado de proteína e a sustentabilidade. O CEO da My Carbon, Eduardo Brito Bastos, tratou do mercado regulado e o mercado voluntário de carbono, com seus aspectos, particularidades, desafios e certificações.

 

O mercado voluntário depende apenas de uma certificação para atuar, o regulado demanda cerca de 170 certificações.  A China é líder das emissões de carbono, seguida por Estados Unidos e Europa.

 

No Painel “Panorama sobre sustentabilidade, ESG e Novas exigências do Mercado”, sob a moderação de Luarimar Vendrusculo, chefe geral da Embrapa Agrossilvipastorial, a coordenadora de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Maria Cristina Murgel, tratou do Código Florestal Brasileiro, e pontuou que apesar de fazer 10 anos de sua regulamentação, ainda há muito a ser feito, sendo necessária sua implementação em sua totalidade.

 

A gerente executiva do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Luiza Bruscato, comentou sobre a capacidade de a entidade reunir todo selos que compõem a cadeia e como tem sido o trabalho em cima dos três desafios: clima, como tratar as mudanças do uso do solo e a rastreabilidade nas fazendas.

 

Sobre o mercado de multiproteína, a coordenadora de Inteligência e Acesso a Mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Lais Foltran, afirmou que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de carne suína e nunca teve a Influenza Aviária na sua produção, o que coloca o País em uma posição diferenciada nesse cenário produtor.

 

“Tanto avicultura quanto na suinocultura, nosso país gerou US$ 145 bilhões em receita cambial nos últimos vinte anos”, afirmou.

 

Lais salientou que os investimentos em tecnologia figuram entre os principais alicerces para o melhoramento genético, culminado na expansão da produção da carne suína como também da carne de frango.

 

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