Franco favorito, o Brasil está no Grupo G e disputará uma vaga nas oitavas com Sérvia, Suiça e Camarões, respectivamente. Apesar de não possuírem forte tradição no futebol, os países mantêm uma relação comercial mais amistosa e que já movimentou mais de US$ 3,2 bilhões em importações e exportações até outubro deste ano.
Com a Sérvia que foi nossa primeira adversária na disputa, o Brasil deve bater recorde de exportação esse ano. Até outubro, já foram mais de US$ 48 milhões exportados aos sérvios, maior volume desde a última copa que vencemos, em 2002. As importações também cresceram, alcançando US$ 50 milhões no período, de acordo com dados mapeados pela Vixtra, fintech de comércio exterior, junto ao portal do Ministério da Indústria e Comércio Exterior.
Para Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, o volume ainda é pequeno se comparado a outros países, mas aponta para relações comerciais estáveis e com potencial de crescimento.
“Apesar de não estar entre os principais parceiros comerciais, a Sérvia é um parceiro que pode oferecer boas oportunidades de negócios para o Brasil. Nossas exportações cresceram bastante nos últimos anos, mas temos potencial para crescer ainda mais na oferta de carnes e outros produtos”, explica.
Além desses produtos, outros como tabaco e calçados também são bastante comercializados. Por outro lado, compramos bastante máquinas, aparelhos e materiais elétricos e borracha.
“O Brasil é um produtor global, com cadeias de produção desenvolvidas e capazes de operar grandes volumes de materiais”, prossegue Baltieri.
Foto: Thaís Fernanda Pereira da Silva Strumia
Suiça
A Suíça é a segunda adversária da seleção brasileira e também a maior parceira comercial. Só no ano passado as exportações somaram mais de 2 bilhões de dólares e, esse ano, devem somar aproximadamente 1 bilhão. Apesar da queda em comparação a 2021, o número é mais que o dobro do que o Brasil exportou aos suíços em 2002, última vez que ganhamos a copa.
Já as importações somaram 2 bilhões até o momento, crescimento de mais de 50% em comparação aos 800 milhões importados em 2002. Dentre os produtos mais comercializados aos suíços estão pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes e açúcares e produtos de confeitaria. Já entre os importados, destacam-se produtos farmacêuticos e químicos orgânicos.
“Apesar da queda no ano passado, temos um comércio bem forte e maduro com a Suíça e grande capacidade de aumentar nosso comércio”, explica Baltieri.
Foto: Getty Images
Camarões
Último adversário do Brasil na primeira fase, Camarões tem uma relação comercial mais forte que a Sérvia no que diz respeito às exportações brasileiras. Só neste ano, o Brasil já exportou mais de US$ 83 milhões em produtos, enquanto a importação foi de pouco mais de um milhão.
“Camarões é uma das nações mais populosas da África Central, tem um comércio forte e oportunidades de negócios que podem ser melhor aproveitadas com o estreitamento das relações comerciais”, afirma.
Dentre os principais produtos exportados pelo Brasil aos camaroneses estão açúcares e produtos de confeitaria, bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres. Já entre os importados, o destaque são borracha e suas obras, madeira, carvão vegetal e obras de madeira.
“O Brasil é um país de dimensões continentais e, pela sua relevância na arena global, é natural que tenha relações com a maior parte dos países do mundo. Por isso, precisamos sempre zelar por acordos comerciais junto aos parceiros, buscando sempre o fortalecimento das relações e novas oportunidades de negócios”, conclui Leonardo Baltieri.
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