Com 100% da área estimada semeada, Mato Grosso do Sul concluiu o plantio da safra da soja 22/23, atingindo 3,842 milhões de hectares. A operação foi finalizada na última sexta-feira (2/12), dentro da média dos últimos cinco anos, conforme aponta o Boletim da Agricultura da Casa Rural, produzido pela Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, Sistema Famasul e Governo do Estado, que aponta ainda, uma estimativa de 53 sacas/hectare e produção de 12,3 milhões de toneladas.
“Encerramos a operação de semeadura com um pequeno atraso neste ano, porém, temos melhores condições de solo, plantas com maior sanidade e menor ocorrência de insetos e doenças. Os produtores estão cada vez mais preocupados com técnicas de manejo assertivas e sustentáveis e isso tem se mostrado a campo. Até o momento, as condições das lavouras estão favoráveis para uma safra de bons resultados em nosso Estado”, destaca o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
Foto: Getty Images
Cenário estadual
No cenário estadual, as lavouras apresentam boas condições em 97% das áreas e condições regulares em 3%. A região sul, composta pelos municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti é a que apresenta maior desenvolvimento fenológico da cultura, com plantas que chegam ao estádio R4, indicado pelo completo desenvolvimento da vagem e apresenta os mesmos indicativos estaduais quanto as condições das áreas.
Nas áreas da oleaginosa, não há ocorrência significativa de plantas daninhas, insetos-praga ou doença, contudo, o controle da incidência do milho voluntário é uma ferramenta extremamente necessária para evitar a ponte verde e a proliferação da cigarrinha (Dalbulus maidis), inseto com potencial para reduzir a produção de milho.
A comercialização futura dos grãos permanece em 20%, ao preço médio de R$ 156,41. Já as vendas da safra anterior, atingiram 94,60% ao preço médio de R$ 169,08.
Tendência do clima
Nesta segunda metade da semana chuvas fortes voltam a atingir áreas produtoras do norte de Goiás, norte de Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Matopiba. Há risco para transtornos nas lavouras porque estas regiões já receberam muita chuva nos últimos períodos e até o próximo final de semana estão previstos mais de 70mm nestas áreas.
No início da próxima semana uma nova frente fria vai avançar pela costa do Brasil e vai provocar chuvas de moderada intensidade, mas de forma mal distribuída sobre áreas produtoras do centro-sul.
A chuva deve trazer um alívio para algumas áreas mais secas, mas não deve ocorrer de forma homogênea e não será duradoura. Mais uma vez o sistema deve avançar rapidamente em direção a costa do Nordeste e vai provocar muita chuva, mais de 100mm entre os dias 13 e 17/12, sobre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais, no interior do Matopiba, em Goiás e no leste de Mato Grosso.
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