Chuva favoreceu crescimento dos frutos da laranja no parque citrícola de SP e MG

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A safra de laranja 2023/24 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, principal região produtora de laranja do mundo, é estimada em 309,34 milhões de caixas (40,8 kg). O volume projetado apresenta uma queda de apenas 1,55% em relação à safra passada, que encerrou em 314,21 milhões de caixas, segundo levantamento da Fundecitrus.

Essa diferença, pouco expressiva, mantém a produção no mesmo patamar da safra anterior e dentro da faixa média dos últimos dez anos. Na comparação com o volume médio produzido na última década, a safra atual mostra um leve acréscimo de 1,04% Uma das causas dessa variação é o ciclo bienal de produção, que resulta em uma menor carga de frutos por árvore na safra de ciclo negativo, como é o caso desta temporada. Assim, enquanto na safra anterior o número médio de frutos por árvore aumentou em cerca de 5%, nesta ocorreu uma queda na mesma proporção.

Chuva favoreceu crescimento dos frutos

A incidência das chuvas já traz bons resultados no crescimento dos frutos, que já apresentam um peso ligeiramente maior do que o da safra passada neste mesmo período. Espera-se que esse bom desenvolvimento dos frutos continue até o encerramento da safra. Assim, o peso das laranjas no momento da colheita está projetado em 165 gramas (247 frutos por caixa), o que representa um aumento de 3,71% em relação ao peso médio de 159 gramas registrado na safra anterior (256 frutos por caixa) e 1,23% acima do peso médio das últimas dez safras (163 gramas, o que resulta em 250 frutos por caixa).

“Caso as premissas utilizadas para projetar a safra se concretizem, ou seja, o aumento do peso médio das laranjas e uma leve redução da taxa de queda de frutos, será possível minimizar o impacto decorrente da diminuição da quantidade de frutos”, avalia o coordenador da 9ª edição da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), Vinicius Trombin.

As primeiras chuvas significativas após o período de estresse hídrico no ano passado foram registradas em agosto nas regiões de Avaré, Itapetininga e Duartina. Essas chuvas propiciaram o florescimento das laranjeiras em sistema de sequeiro localizadas nessas áreas. A partir de outubro, as chuvas alcançaram todas as regiões do parque em volume expressivo. 

Foto: Arquivo istock

Para o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco, a estimativa de produção está em linha com a expectativa do citricultor. “Entramos, agora, em um período produtivo tecnicamente menor, mas nem por isso menos desafiador. O compromisso em manter a alta produtividade mesmo em cenários adversos é uma especialidade do citricultor e contaremos, com certeza, com o profissionalismo cada vez mais forte desses profissionais no dia a dia do campo”, diz. 

O gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, reforçou que a estimativa da produção na safra 2023/24 corresponde, naturalmente, ao ciclo de produção dos pomares de citros e que os cuidados devem ser redobrados para as doenças e pragas. “Isso ocorre em diversas culturas e na laranja não é diferente. Encerramos uma safra positiva e estamos abrindo essa com um cenário bastante otimista proporcionado pelas chuvas para tentar mitigar o ciclo bienal da citricultura. A atenção do citricultor deve estar presente, mais uma vez, no manejo eficiente das doenças, especialmente o greening”, frisa.  

Tendência do Clima

Nesta semana o tempo seco vai predominar em grande parte do interior do Brasil e nas áreas produtoras de laranja de São Paulo e de Minas Gerais. Até a sexta-feira não tem previsão de chuva significativa e o frio persiste. Veja como fica o clima nos próximos dias, no vídeo abaixo com o meteorologista Willians Bini

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