Brasil é potência agro ambiental

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O Brasil é uma potência agroambiental e precisa participar de maneira estratégica da transição energética global. Essa foi uma das conclusões do painel Geopolítica e Governança do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, uma realização da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil, que foi realizado na segunda-feira, dia 7 de agosto.

Paulo Hartung (presidente-executivo da Indústria Brasileira de Árvores – IBA) disse o Brasil tem uma matriz energética diferenciada em relação ao mundo, com sol e ventos constantes e experiência notável com biomassa em processo de evolução. “Há desafios sim, mas há uma série de oportunidades como terra passível de ser convertida para a produção de alimentos sem derrubar floresta nativa”, enfatizou.

Luiz Carlos Corrêa Carvalho (presidente da ABAG) comentou que o século XXI tem trazido mudanças, com G7 perdendo o domínio na produção agrícola. “Precisamos utilizar nossa habilidade para navegar entre ocidente e oriente, em um período onde a colaboração começou a ser substituída por sanção. E, o Green Deal é o eixo central que, ao invés de incrementar oportunidades, tem trazido imposições”, afirmou Carvalho.

Ele ressaltou ainda a importância governança e da inovação como chaves para o âmbito público e o setor privado para o desenvolvimento sustentável do país e para o crescimento do agro brasileiro”.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que o BNDES vai disponibilizar R$ 5 bilhões com juros de TR para pesquisa, inovação e digitalização, e que o Brasil está liderando o combate às mudanças climáticas.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, citou a necessidade de o país reconhecer a grandeza e importância no setor agropecuário. “Sabemos da nossa responsabilidade com o meio ambiente. No Brasil fizemos uma grande revolução graças à ciência e tecnologia. O desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira pode e vai ser a salvação alimentar para o mundo”, frisou, listando o crescimento da produtividade em mais de 500%, e da área ocupada em 140% nos últimos 50 anos.

Ele reforçou que o país tem a possibilidade de incrementar 40 milhões de hectares em área plantada nos próximos dez anos. “Qual é o papel da agropecuária brasileira para gerar crescimento, economia e oportunidades? Crescer de maneira sustentável sem precisar derrubar a floresta, que é um ativo ambiental e essa é a nossa grande vocação”, disse Fávaro.

No encerramento do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, trouxe um balanço do evento, que retratou na parte da manhã a questão da competitividade, com um debate amplo sobre inovação em mercados e nas cadeias produtivas e, na parte da tarde, focou em governança como ponto fundamental para manter o posicionamento do setor no âmbito global. “O Brasil tem um desenvolvimento da ciência tropical, diferentemente de outros países que adaptaram a ciência temperada e não possuem a mesma competitividade.  Precisamos liderar a regulamentação do mercado de carbono, além da produção de alimentos e energia. Por isso, é importante desenhar uma visão com foco nesse objetivo”. 

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