A segunda safra de feijão no Paraná enfrenta um cenário desafiador em 2025. A nova estimativa de produção é de 534 mil toneladas, um volume 12% inferior ao potencial inicial de 604 mil toneladas, projetado anteriormente. A área plantada é de 328 mil hectares, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).

A principal causa da redução é o clima seco e quente durante o desenvolvimento da cultura, que comprometeu o rendimento das lavouras. Além dos danos diretos causados pela falta de umidade no solo, o tempo favoreceu o aumento da mosca-branca, praga que impactou negativamente o enchimento de grãos, prejudicando ainda mais a produtividade.
Os Campos Gerais, uma das principais regiões produtoras do estado, foram os mais afetados pelas condições climáticas adversas e pelo ataque da praga.
Clima preocupa na reta final de colheita
Atualmente, a colheita já passou de 57% da área total e apenas 10% das lavouras restantes ainda estão em fases suscetíveis a perdas, o que representa menos de 4% da área total ainda exposta. No entanto, o clima pode voltar a preocupar.
Previsão para os próximos dias no Paraná
Nesta sexta-feira (30/05), o dia amanhece ainda bastante gelado em todo estado, com mínimas que devem ficar abaixo da ordem de 10ºC e com condições para geada em amplas áreas. O sol aparece entre algumas nuvens, mas o frio persiste.

O amanhecer de sábado (31/05), novamente será muito gelado com com mínimas abaixo de 10ºC em todo o Paraná. Não há previsão de chuva, e o sol deve aparecer ao longo do dia, mas o frio predomina.
A produtora rural Débora Cristina, de Luiziânia (PR), demostra preocupação com a geada. “Estou com a área de feijão em enchimento de grãos. Se a geada vir forte com certeza terei perdas de qualidade e produtividade”, relata a produtora.
De acordo com os meteorologistas da Climatempo, entre os dias 02 e 05 de junho, há expectativa de chuva para as áreas de cultivo de feijão no Paraná o que pode comprometer as lavouras que ainda estão em campo na fase de maturação ou prestes a ser colhida.