Janeiro de 2026 começa com instabilidade atmosférica, mas termina com chuvas abaixo da média e temperaturas acima do normal, exigindo atenção redobrada do agronegócio.
O mês de janeiro de 2026 será marcado por um padrão de instabilidade atmosférica sobre grande parte do Brasil, fator relevante para o planejamento do agronegócio. Apesar da atuação de sistemas meteorológicos, a distribuição das chuvas tende a ocorrer de forma irregular, com volumes abaixo da normalidade em diversas áreas produtoras.
O início do mês será mais favorável à reposição hídrica do solo, especialmente durante a virada do ano, quando a passagem de uma frente fria favorece chuvas mais frequentes e persistentes. No entanto, ao longo da segunda quinzena, o cenário muda: as instabilidades perdem força em parte do país, as temperaturas sobem e aumenta o risco de impactos pontuais em culturas agrícolas.
Região Sul – (PR, SC, RS): Chuvas frequentes e volumes elevados no início do mês
A Região Sul concentra os maiores acumulados de precipitação nos primeiros quatro dias de janeiro. O período será marcado por episódios recorrentes de chuva, céu encoberto e tempo instável, com volumes expressivos e risco de excesso hídrico localizado. Ao longo do mês, as chuvas passam a alternar com períodos de melhora, mantendo temperaturas mais amenas em comparação com outras regiões.
Região Sudeste – (SP, RJ, MG, ES): Instabilidade inicial e redução das chuvas na segunda quinzena
O Sudeste inicia janeiro sob condições de instabilidade, com chuvas que favorecem a reposição de umidade no solo, principalmente no começo do mês. A partir da metade de janeiro, as precipitações se tornam mais irregulares, localizadas e de fraca intensidade, enquanto as temperaturas entram em elevação, aumentando a necessidade de monitoramento das lavouras.
Região Centro-Oeste – (MT, MS, GO, DF): Reposição hídrica no começo e calor mais intenso depois
A região começa o mês com chuvas associadas à instabilidade atmosférica, contribuindo para a umidade do solo. No entanto, a partir da segunda quinzena, há uma redução significativa das instabilidades, com pancadas isoladas e menos volumosas. O aumento das temperaturas passa a ser um fator de atenção para áreas agrícolas.
Região Nordeste – (MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA): Chuvas irregulares e instabilidades pontuais
No Nordeste, especialmente na fronteira agrícola do MATOPIBA, a expectativa é de pancadas de chuva mais pontuais e de menor intensidade. As precipitações ocorrem de forma irregular ao longo do mês, com períodos de calor predominante, exigindo cautela no manejo das culturas.
Região Norte – (AM, PA, AC, RO, RR, AP, TO): Pancadas isoladas e menor intensidade
A Região Norte apresenta instabilidades mais localizadas, com chuvas menos intensas quando comparadas às regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. As pancadas ocorrem de forma intercalada, mantendo a umidade, mas sem grandes volumes acumulados de maneira contínua.
Na segunda metade de janeiro, a tendência é de redução das instabilidades sobre o Centro-Oeste e o Sudeste, possivelmente associada à formação de bloqueios atmosféricos. Esse padrão limita o avanço de frentes frias e dificulta a organização das chuvas em áreas produtoras. No fim do mês, as instabilidades voltam a ganhar força sobre o Brasil Central, aumentando a umidade e preparando o cenário para fevereiro.
Ainda assim, a expectativa é de que janeiro e fevereiro de 2026 registrem chuvas abaixo da normalidade e temperaturas acima da média em áreas agrícolas, cenário que pode provocar impactos pontuais em algumas culturas e exigir maior atenção ao manejo e ao acompanhamento das condições meteorológicas.