As principais áreas produtoras de café do Sudeste e Sul do Brasil aceleram a colheita durante o mês de junho, se o tempo colaborar. Este ano, o tempo não está nada bom para a colheita. A chuva em São Paulo, no norte do Paraná e também no Triângulo e no Sul de Minas Gerais tem mantido o níveis de umidade muito acima do normal para junho.
A colheita normalmente ganha grande impulso nesta época por causa do predomínio dos dias secos. Não há coisa pior durante a colheita do que chuva e muita umidade. Uma prática comum no Brasil é a secagem do grão em terreiros. Isto exige muitas horas de exposição do grão ao ar livre, mas com a chuva ou mesmo um ar muito úmido, esta atividade fica muito limitada. A secagem em terreiros gera uma economia nos gastos com as secadoras elétricas.
Esta semana foi perdida para a colheita em São Paulo e no norte do Paraná. Uma grande frente fria está parada entre estes estados e provocando chuva generalizada. A chuva dos últimos dias superou a média normal para a junho em várias dezenas de milímetros. A chuva pegou também o Sul e o Cerrado Mineiro de quarta para quinta-feira. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou acumulados de 20 a 40 milímetros.
O tempo úmido persiste até o sábado. O domingo amanhece com neblina e frio, mas depois o sol predomina. Porém, a chuva logo volta com a passagem de outra frente fria entre a segunda e a terça-feira. A boa notícia é que após a passagem desta frente fri, finalmente o tempo vai entrar nos eixos. A entrada de uma forte massa polar no centro-sul do Brasil vai manter as frentes frias afastadas por vários dias. A expectativa é de que o período entre os dias 27 de junho e 3 de julho, o tempo fique firme, com predomínio de dias com sol e frio. O sol vai predominar e colaborar com a colheita. O resfriamento será acentuado, mas a chance de geada nos cafezais é relativamente baixa.