Orquestração do agronegócio

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Se não houver uma governança no agronegócio para os próximos anos, o mesmo começará a apresentar seus limites.

Com preços em real excelentes para os grãos, o que  por outro lado sacrifica as carnes e o leite, mas com preços não previstos elevados da soja e do milho, mesmo assim teremos uma queda de 6,5% na safra, conforme a ultima precisão do IBGE.

Isso quer dizer, para darmos saltos, saltos esperados pelo mundo, e também para o abastecimento do mercado interno, o agronegócio sozinho, apenas com a força dos produtores rurais, o dentro da porteira, dificilmente ultrapassaríamos as marcas atingidas.

Possivelmente cairemos das 209 milhões de toneladas do ano passado, para cerca de 196 milhões na safra que se encerra agora, e o fator determinante foi o clima.

Mas essa explicação não basta. O Brasil possui 200 milhões de hectares de pastagens e, com tecnologia, pode liberar cerca de 100 milhões para a agricultura e florestas plantadas, sem se quer derrubar uma árvore… Mas para haver essa incorporação tecnológica e realizarmos a desejada revolução da integração lavoura pecuária floresta, precisamos de um plano em busca de 400 milhões de toneladas de grãos para os próximos 10 anos, e isso não acontecerá sem governança, liderança, projetos e recursos, dentro e fora das porteiras das fazendas.

Está na hora das instituições da sociedade civil do agronegócio se reunirem e atuarem como uma orquestra, enquanto o senhor governo não vem. O único drama esta na escolha do maestro, precisa ser um maestro, um líder. Afinal, orquestra que tem mais maestro do que músico não funciona.

 

José Luiz Tejon

Sócio Diretor da Biomarketing

 

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