Dificilmente ao falarmos de Agronegócio nos lembramos de grandes riquezas como as amazônicas, por exemplo. Este setor de imenso futuro, no campo medicinal, de essências, frutos, fibras, de árvores, social e de gigantesca importância na segurança da biodiversidade do planeta nos foi relembrado pelo general Guilherme Theophilo, Comandante de Logística do Exército.
Ele disse para Eliane Cantanhede, na publicação dela para o Estadão, do último domingo, ao abordar a agenda paralela dos militares, que aliás, andam muito mais sábios como corporação, sem se envolver na bagunça da política nacional e colocando a Marinha, Aeronáutica e Exército acima disso tudo, numa visão superior da soberania nacional, ele afirmou: “hoje, o estrangeiro conhece a Amazônia mais do que nós”. O general Guilherme Theophilo mencionou a castanha do para, com 73 patentes nos Estados Unidos, a Andiroba patenteada na França, Japão, União Europeia e Estados Unidos. A Copaiba, na França, o Jaborandi no Canadá, Inglaterra, Irlanda, a Ayahuasca, patenteada nos Estados Unidos, e assim por diante…
Essa lembrança do General Comandante da Logística do Exército sobre a riqueza amazônica, não apenas como território e fronteiras, mas nas patentes genéticas da nossa biodiversidade são de extrema importância.
Iremos ver em alguns anos uma explosão de negócios da genética, incluindo gene design, o design genético de qualidades desejadas nas plantas e, sem dúvida, observarmos uma serie de patentes dominadas por organizações de países estrangeiros, sobre espécies únicas do bioma amazônico causa e provoca um alerta de atenção, sobre esse sistema do agronegócio, imenso e decisivo para uma administração sustentável do patrimônio da humanidade, chamado Amazônia. Os estrangeiros conhecem mais a Amazônia do que nos brasileiros, afirmou o militar, e sem dúvida, enquanto nos orgulhamos pela conquista dos grãos no cerrado, pela pecuária, frangos, suínos, celulose, café e etanol, e ainda sabemos que cada brasileiro emite 7 vezes menos CO2 que um americano, e três vezes menos que um europeu ou um chinês. Precisamos agora é da consciência estratégica de que o breve futuro será dominado pelo negócio da sustentabilidade, pela biodiversidade e, a segurança da vida planetária terá na Amazônia, a grande praça do que será o maior mercado do mundo; a proteção a vida e as riquezas extraídas desse conhecimento.
No Agronegócio do breve futuro, a grande riqueza estará na Amazônia. E quem a conhecer e a administrar com sabedoria conquistará o maior de todos os negócios do mundo, maior que o petróleo, maior que comida ou games… Será a saúde do planeta.
Vale a pena pensar e olhar para o alerta do General, pois isso é Agronegócio de altíssimo nível. Segredos e consciência da Amazônia brasileira, ou os conhecemos e os dominamos, ou os perderemos. Isso sim é uma discussão muito mais estratégica do que debater se estrangeiros devem ou não poder comprar terras no brasil.
José Luiz Tejon
Sócio Diretor da Biomarketing