Falta de chuvas prejudica cultivo de mamão em Linhares

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A seca na região norte do Espírito Santo foi um problema recorrente nos últimos meses, causando prejuízos em diversas plantações. O estado é o maior produtor de mamão-papaia do país e a cultura foi uma das que mais sofreu com o clima seco do inverno. Além da fruta, pimenta-do-reino, cacau e o café conilon também foram afetados. Segundo dados do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, em agosto choveu apenas 17,2 mm na cidade, bem abaixo da média histórica de 44 mm.

 

De acordo com Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo, a média para o inverno já é baixa e não se pode associar a situação a nenhum fenômeno. Com o fim da estação se aproximando, a pluviosidade deve melhorar. “A chuva vai se regularizando na região a partir da primavera. Entre novembro e março do ano que vem, devemos ter chuvas até superiores à média”, afirma.

 

Franco Fiorot, diretor executivo da Brapex – Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya, explica que a fruta depende da água para se desenvolver e por isso o prejuízo foi grande. “Com a falta de chuva, especialmente entre o fim do ano passado e agora, as lavouras ficaram comprometidas”, conta.

 

O especialista afirma que para o primeiro semestre de 2016, a estimativa de queda na produção do Espírito Santo foi de 70% do que era esperado em condições climáticas normais. Como consequência, mais de R$ 100 milhões deixaram de girar na economia regional. Durante esse mesmo período, os preços subiram muito. “O quilo da fruta chegou a custar R$ 5,00 para o produtor. No segundo semestre, o valor está oscilando de acordo com demanda”, afirma Fiorot.

 

Enquanto a pluviosidade não volta ao normal, os agricultores estão adotando novas técnicas de irrigação para melhorar o aproveitamento da água usada na lavoura. Outra forma de diminuir os problemas é planejar o plantio de acordo com a capacidade hídrica da propriedade.