Excesso de umidade dificulta pulverização nos campos do CO

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A terça-feira (20) será mais um dia de tempo instável e possibilidades de pancadas de chuvas em grande parte do Brasil, já que os modelos meteorológicos estão prevendo chuvas desde o Rio Grande do Sul até Pará. Tempo aberto apenas sobre a metade sul do Rio Grande do Sul. E essas chuvas, mesmo que na forma de pancadas irregulares irão manter os solos com bons níveis de umidade, favorecendo o desenvolvimento de todas as lavouras. Entretanto, vale ressaltar que os maiores volumes deverão continuar sendo registrado sobre o Centro-oeste, Sudeste e no Paraná, uma vez que o corredor de umidade está sobre essa parte do País, informa o agrometeorologista Marco Antônio Santos.

 

Durante a semana o padrão meteorológico não deverá mudar. Há previsão de chuva em praticamente todo o Brasil, com exceção apenas para algumas áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Mas mesmo nessa região não estão descartadas a possibilidade de eventuais pancadas de chuvas irregulares, baixo volume de curta duração. Mas como os solos apresentam níveis razoáveis de umidade, as condições ainda se manterão favoráveis ao desenvolvimento das lavouras.

 

 

Para os próximos 15 dias, os modelos de previsão não indicam muita chuva para o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Algumas áreas poderão sofrer com o estresse hídrico e com isso, apresentar reduções nos potenciais produtivos, mas nada tão significativo. Ainda há a perspectiva de que a região venha ter uma boa safra de soja, milho e algodão esse ano.

 

A meteorologista Josélia Pegorim faz um panorama da chuva com destaque para o que ocorre até o Natal. Assista:

 

 

No Mato Grosso, Goiás e em áreas do norte do Mato Grosso do Sul é o excesso de dias chuvosos que está causando apreensão e até mesmo algumas perdas, pois esse excesso de umidade sobre as plantas tem proporcionado o aumento da proliferação de doenças e por outro lado, dificultado a entrada dos pulverizadores no campo. E somente mais no final dessa semana é que o tempo abrirá e os produtores conseguirão de fato entrar com as maquinas no campo.

 

No Sul, apesar do tempo mais firme nessa terça-feira na metade sul do Rio Grande do Sul, há previsão de mais chuvas ao longo da semana, possibilitando que os solos mantenham bons níveis de umidade, favorecendo o desenvolvimento das lavouras durante esses próximos 15 dias, já que há previsão de chuvas para todo esse período, comenta o agrometeorologista.

 

De um modo geral, a perspectiva é de uma safra recorde esse ano. Por conta de uma La Niña extremamente fraca, pode ocorrer uma grande variabilidade no regime de chuvas, opina Marco Antônio.

 

O que esperar da La Niña na safra 2016/2017

 

Ainda de acordo com o agrometeorologista, vai depender muito da fase fenológica que a planta estará, bem como o nível tecnológico empregado na cultura, para saber quais serão os reais impactos que essa variabilidade no regime de chuvas irá provocar nos campos. O fato é que as condições estão muito mais para uma super safra do que para uma quebra, como ocorreu na safra passada.