Chuva de janeiro prejudica produção de frutas

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Os grandes volumes de chuva em janeiro causaram muitos problemas no estado de São Paulo, inclusive na produção agrícola do interior. Em Valinhos, as culturas mais afetadas foram figo e goiaba, como conta Pedro Pelegrini, presidente da Associação Agrícola de Valinhos e Região. “O mais prejudicado foi o figo, por ser uma fruta sensível e não resistir a excessos como seca ou muita chuva”, conta.

 

Variável meteorológica e quantidade de dias sem chuva

                                                         

A nebulosidade também influenciou na baixa qualidade dos frutos, já que as horas sem sol forte e baixa radiação solar favorece o aumento da umidade e, consequentemente, o surgimento de pragas. “No caso da goiaba, a planta fica molhada e não conseguimos fazer o manejo necessário. Desta forma, fica mais fácil a ocorrência de doenças”, explica o produtor.

 

Com a baixa qualidade dos frutos, o sabor também fica prejudicado. As culturas absorvem o excesso de água, gerando menor concentração de açúcar, e se transformam na popularmente conhecida “fruta aguada”. No caso do figo, pode ocorrer um azedamento antes mesmo da colheita, fazendo com que os produtores descartem boa parte da produção.

 

Ainda não há um levantamento do prejuízo em janeiro, mas a situação foi preocupante em muitas regiões do estado. “Nos últimos anos não tivemos volumes acumulados tão grandes. Como sempre na agricultura, ficamos á mercê do tempo. Para a produção, o ideal seria o clima alternado, com chuvas regulares intercalados com períodos de sol”, finaliza Pelegrini.

 

Como melhorar a produção no campo?

 

De acordo com a Climatempo, nos próximos quinze dias o clima não será o ideal para o figo e a goiaba. A tendência é de mais sol e pouca chuva no interior paulista. O mapa abaixo mostra a estimativa de chuva para os próximos 15 dias:

 

 

Fazer calor é fevereiro é comum no Sudeste, mas quando temos um período prolongado com pouca nebulosidade e pouca chuva nesta época, o número de horas de sol forte aumenta e naturalmente o ar fica mais quente. Chuva e nebulosidade são importantes reguladores da temperatura.

 

Bloqueio da ASAS

 

Quem mora no interior paulista e não se dá bem com o calor, vai reclamar muito do tempo durante a segunda quinzena de fevereiro. Os dias de calor excessivo estão apenas começando.

 

forte influência do sistema de alta pressão atmosférica conhecido como ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul) sobre o Brasil vai causar um bloqueio atmosférico mantendo as frentes frias e suas massas polares retidas no extremo sul da Argentina durante quase toda a segunda quinzena de fevereiro de 2017. A ASAS naturalmente reduz a nebulosidade e a chuva. A ausência de ar polar vai ter um papel importante para manter o ar quente.

 

A meteorologista Josélia Pegorim, traça uma análise com uma tendência até o final de fevereiro. Assista: