A estiagem prolongada em grade parte do Brasil fez com que o número de focos de incêndio disparasse no país neste inverno. Segundo dados do Programa Queimadas do INPE, desde o começo do ano até o dia 15 de setembro foram detectados pelos satélites XXXX focos de incêndio. Se separarmos só os meses de julho, agosto e setembro e somarmos os dados observados podemos verificar que desde 2010 não queimava tanto. Este inverno está sendo o quinto inverno que mais queimou, desde 1998, segundo os dados do INPE.
Fonte: Inpe – Programa de Monitoramento de Queimadas
Um dado curioso é que, normalmente, o que mais vemos queimar é o bioma Cerrado, mas os dados deste ano mostram que quase 50% dos focos do país estão sobre o bioma Amazônia, denotando claramente o desmatamento e as condições secas no sul e no leste desta região.
Ao longo das últimas semanas quase que não choveu no país e a temperatura subiu muito. Estas condições associadas ainda a eventuais condições de ventos mais intensos proporcionaram a proliferação das queimadas. No mapa de umidade do solo podemos ver claramente o efeito da longa estiagem. Do Paraná até o Nordeste, passando por todo o Centro-Oeste e sul e leste da Amazônia o solo está muito seco, ou seja, a vegetação também está muito seca.
Esta condição só deve começar a mudar de forma gradual a partir de outubro, quando as condições de bloqueio atmosférico se rompem e permitem com que as áreas de instabilidade provoquem o retorno da chuva a grande parte do país.