A quinta-feira (30) será um dia de tempo mais aberto em sem previsão para chuva generalizada em grande parte da Região centro-sul do Brasil. Há previsão para eventuais pancadas de chuva no período da tarde sobre as regiões produtoras do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e partes de São Paulo, Minas Gerais e do MAPITOBA.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina o tempo segue aberto e sem chuva. Apesar da ausência de chuva generalizada sobre o Brasil, pouquíssimas lavouras apresentam sinais de estresse hídrico. No geral, todas as lavouras, sejam elas grãos ou as perenes e até mesmo as pastagens continuam apresentando níveis de desenvolvimento.
Nesta sexta-feira (01), há previsão de eventuais pancadas de chuva de forma localizada em parte do Sul do Brasil Porém, a partir do sábado (02) e, sobretudo, ao longo do começo da semana que vem, uma nova frente fria estará avançando sobre o Sul do Brasil, onde irá provocar chuvas mais generalizadas sobre o Rio Grande do Sul, possibilitando uma elevação dos níveis de umidade do solo, principalmente na faixa leste do estado, onde os níveis de umidade já estão em patamares críticos.
E como esse sistema estará avançando sobre a região Sudeste no início da semana, linhas de instabilidade sobre toda a região central e norte do país estarão ganhando força e com isso, há previsão de chuva generalizada e até mesmo em bons volumes em, praticamente, todas as regiões produtoras das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do MAPITOBA, incluindo o Pará e Rondônia.
Sendo assim, a primeira quinzena de dezembro deverá ser marcada pelas chuvas mais regulares e em bons volumes sobre grande parte do País, possibilitando uma recuperação dos níveis de umidade do solo, garantindo boas condições ao desenvolvimento das lavouras o que manterá os índices de produtividade em patamares muito bons.
Só há um pequeno probleminha, mas ainda não se pode argumentar que isso poderá afetar a produtividade das lavouras, principalmente a do centro-sul que é a incidência de ventos sul mais frios nesta segunda metade da primavera. As temperaturas ao longo do dia estão com grande amplitude, isto é, dias bastante quentes e madrugadas mais frias. Porém, ainda é cedo para prever que isso poderá trazer algum impacto às lavouras, mas é um fator meteorológico que deverá ser muito bem monitorado, principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Argentina
Já na Argentina, onde muitos estão argumentando que a ausência de chuva generalizada nas últimas semanas tem afetado o plantio e principalmente o desenvolvimento das lavouras, no meu entendimento, ainda é muito cedo para fazer tal prognóstico.
O plantio ainda está em pleno andamento, a soja, por exemplo, está em torno dos 50% e as áreas que estão sendo mais afetada pelas chuvas irregulares e até mesmo uma ausência, são áreas mais ao Sul do país onde os percentuais de áreas cultivadas de soja são pequenas, quando comparadas as áreas da metade norte.
Nestas áreas estão sendo observadas chuvas de forma irregular sim, mas em volumes suficientes para permitir uma boa implantação da cultura e, sobretudo, uma condição razoável ao desenvolvimento inicial das plantas. Assim, penso que é extremamente prematuro argumentar que as condições meteorológicas no momento, poderão trazer algum impacto à produção de grãos da Argentina.