Entenda como funciona o melhoramento genético do milho

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O milho é cultivado em quase todas as Regiões do país por ser uma cultura muito diversificada, seja para a exportação ou para a agricultura familiar. Está presente em todas as cadeias produtivas animais.

 

Antes da década de 60, as cultivares de milho utilizadas, além de pouco produtivas, eram excessivamente altas, acamavam com facilidade, tinham baixa eficiência fisiológica e não suportavam altas densidades de semeadura.

 

De acordo com o agrometeorologista da Climatempo João Castro, o trabalho de melhoramento genético permite que seja possível produzir mais alimentos e com menos recursos. “Isso só é uma realidade devido à evolução da ciência no campo da engenharia genética e biotecnologia”, afirma.

 

Castro explica ainda que, com a alteração do código genético das culturas, é possível obter variedades que expressem as qualidades agronômicas desejáveis de maneira mais eficiente, como maior vigor de plantas, maior produtividade, maior resistência ao déficit hídrico e ainda resistência a pragas. “Na cultura do milho, se destacam os materiais geneticamente modificados resistentes à lagarta Spodoptera Frugiperda, também conhecida como lagarta do cartucho, e que é responsável por grandes perdas em lavouras”, comenta o agrometeorologista.

 

Como é realizado?

O melhoramento genético é realizado por meio da inibição de certos genes, no caso de características indesejáveis, ou ainda na obtenção de variedades resistentes a pragas como as lagartas. “Além de pragas, também existe comercialmente variedades de milho resistentes ao Glifosato, principal herbicida utilizado no Brasil para o controle de plantas invasoras”, explica Castro. A resistência a pragas ocorre graças ao melhoramento genético que permite a inclusão de genes de algumas bactérias nocivas às pragas, e por isso estes materiais não se tornam alvo delas.

 

Quanto custa?

De acordo com João Castro, o custo de materiais Geneticamente Modificados é maior do que o de materiais convencionais. “Por outro lado, muitas vezes a economia gerada com a compra de materiais convencionais é ilusória, já que o custo com defensivos é bem maior do que se o produtor utilizasse um material GM”, conclui o agrometeorologista.

 

Colaborou neste texto a estagiária Amanda Sampaio.