Plantio de soja avança em ritmo lento

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A instabilidade que está sobre o Sul do país nestes últimos dias, não estão sendo volumes suficientes para que os produtores consigam avançar com o plantio da soja de forma satisfatória, já que a chuva não está sendo generalizada. Esta quinta-feira (27), há previsão de novas pancadas de chuva de forma irregular, sobre o Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

 

No entanto, como não serão todos os produtores que irão receber as precipitações, o plantio da soja ainda irá avançar em ritmo lento. Com o início da primavera no último sábado (22/09), a chuva começou a ocorrer de maneira irregular sobre as áreas produtoras do Centro-Oeste e Sudeste, sendo que a instabilidade mais generalizada continua ocorrendo entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

 

Tendência para a 1° quinzena de outubro nas áreas produtoras

 

Apenas ao longo do mês de outubro, é que a chuva irá se regularizar. Portanto, durante os próximos 15 dias, não haverá uma ausência total de chuva no Brasil, apenas irão ocorrer na forma de pancadas irregulares. Mantendo assim, uma condição para que o plantio da soja continue avançando no mesmo ritmo de agora.

 

Para as lavouras de trigo, a chuva dos últimos dias está mantendo o solo com bons níveis de umidade e favorecendo o desenvolvimento das lavouras e até mesmo a colheita, já que não ocorre períodos de invernadas. Pro milho 1ª safra que está sendo plantado, a instabilidade está permitindo o rápido avanço do plantio no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná. Para o arroz, a chuva ocorrida no começo desta semana inviabilizou a continuidade do plantio. Há previsão de novas áreas de instabilidade, com chuva de forte intensidade neste final de semana. As condições ainda serão desfavoráveis ao plantio.

 

A colheita da cana-de-açúcar não será afetada, já que a chuva continuará a ocorrer apenas na forma de pancadas irregulares. Entretanto, as condições não serão favoráveis para o desenvolvimento das lavouras, já que o padrão no regime de chuva ainda deixará várias áreas com baixos índices de umidade do solo. Como há previsão de normalização do regime de chuva somente na 2ª quinzena de outubro, as condições ainda irão se manter favoráveis à colheita e razoáveis ao desenvolvimento dos canaviais.

 

No caso do café, as condições são um pouco mais preocupantes, já que em várias lavouras que ocorreu o florescimento, não há previsão de chuva generalizadas para os próximos 15 dias e as temperaturas ainda irão se manter altas. A tendência é que ocorra algumas perdas pontuais no pegamento da 1ª florada. Mas se realmente a instabilidade se consolidar ao longo do mês de outubro, as perdas deverão ser mínimas.

 

Deste modo, podemos concluir que devido ao padrão meteorológico previsto para a próxima quinzena, as condições ainda irão se manter em uma certa normalidade à condução das lavouras e seu desenvolvimento para esta época no ano. O problema é só a ansiedade dos produtores em ver as sementes de soja, milho e arroz no chão e dos cafeicultores e canavieiros em ver suas lavouras em pleno estágio de desenvolvimento. Mas aos poucos isso ocorrerá em todo o Brasil.