A área plantada do café arábica no país soma 1,7 milhão de hectares, o que corresponde a 81% da área existente com lavouras de café. Para esta safra, estima-se aumento de 0,1% (1,3 mil hectares) em relação à safra passada.
Minas Gerais concentra a maior área com a espécie, 1,22 milhão de hectares, correspondendo a 69,6% da área ocupada com café arábica em âmbito nacional. A área plantada de café arábica no país tem se mantido estável nas últimas dez safras e gira em torno de 1,77 milhão de hectares. Além dos ciclos plurianuais de preços e produção de café, o café arábica é caracterizado por flutuações de área em produção entre as safras.
Essas variações ocorrem devido ao ciclo de bienalidade do café. Nos anos de ciclo de bienalidade negativa a área em formação aumenta, uma vez que os produtores optam por manejar as culturas, especialmente as áreas mais velhas, onde a produtividade é menor. Em 2019, ano de bienalidade negativa, novamente teremos um aumento de 11,4% na área em formação.
Conilon
Para o café conilon, a estimativa é de aumento de 0,7% na área, estimada em 411,9 mil hectares. Desse total, 373,22 mil hectares estão em produção e 38,68 mil hectares em formação. No Espírito Santo está a maior área, 261,5 mil hectares, seguido por Rondônia, com 70,55 mil hectares e logo após a Bahia, com 53,05 mil hectares. Apesar de também sofrer influência da bienalidade, normalmente ela ocorre com menor intensidade no conilon.
A área dessa espécie vem decrescendo a cada ano. Desde 2009 a área reduziu 140,31 mil hectares. A área em formação segue praticamente estável, em torno de 38,82 mil hectares, variando de 5% a 10% da área total. Nesta safra, a estimativa é de aumento de 5,96 mil hectares da cultura no país, em relação a 2018.
A diminuição de área dessa espécie está vinculada à tendência importante na otimização do manejo da cultura e à utilização de material genético mais produtivo.