A estimativa de área, produtividade e produção de safra divulgada pela Conab traz novos incrementos para as culturas: Veja abaixo os detalhes:
Algodão
A área estimada para esta temporada é de 1.644,5 mil hectares, indicando incremento de 1,6% em relação aos 1.618,2 mil hectares efetivados na safra passada. Algumas das principais regiões produtoras não iniciaram o cultivo por conta do vazio sanitário, e a expectativa é que as operações de plantio ganhem força à partir de janeiro. A produção, estimada em 2,7 milhões de toneladas de
algodão em pluma, é considerada uma das maiores dentro da série histórica, influenciada pelos grandes investimentos feitos no setor e pela expansão de área cultivada, especialmente em Mato Grosso e Bahia que, juntos, correspondem a mais de 88% da estimativa de produção para 2019/20.
Arroz
A expectativa de produção para essa safra é de 10,5 milhões de toneladas, aumento de 0,6% em relação à safra passada. A produção nacional de arroz tem sua maior concentração na Região Sul, responsável por mais de 80% da oferta nacional. Nas últimas safras a área cultivada com arroz vem diminuindo, sobretudo em áreas de sequeiro. Para esta temporada, a área foi estimada em 1.677,9 mil hectares, sinalizando redução de 1,1% em relação à última safra. Apesar da redução da área nos últimos anos, a maior proporção de áreas irrigadas, que possuem uma maior produtividade, e o investimento do rizicultor em tecnologias, que proporcionam um maior rendimento da área, permitiram uma manutenção da produção ajustada ao consumo nacional.
Feijão
Por ser uma cultura de ciclo curto, o feijão possibilita o plantio em até três momentos durante a temporada, na busca pelo equilíbrio no abastecimento. Na primeira safra deste ano, a área é estimada em 910,7 mil hectares, redução de 1,3% em relação à safra passada.Apesar da menor área semeada, estima-se que a produtividade se recupere e aumente 6,1% do obtido no último exercício, que sofreu com os problemas decorrentes das adversidades climáticas e prejudicaram a produção. A área de feijão primeira safra vem diminuindo ao longo das últimas safras, principalmente pela competição com outras culturas, como soja e milho, e também devido ao momento de colheita coincidir, muitas vezes, com o período chuvoso, acarretando em problemas de qualidade do produto.
O plantio praticamente terminou nas Regiões Sul e Sudeste e, com exceção de São Paulo, onde o plantio inicia mais cedo e a cultura já está entrando em ponto de colheita, de maneira geral, a maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos. A estimativa para esta safra é de uma produção 4,8% superior àquela obtida em 2018/19.
Milho
A estimativa de área de milho primeira safra, na temporada 2019/20, é de 4.151,6 mil hectares, 1,2% maior que a área cultivada na safra 2018/19. As cotações do milho influenciaram o produtor à aumentar a área cultivada com o cereal. Nos últimos anos, a competição de área por soja e a possibilidade de cultivo de milho no segundo momento da safra explica a diminuição das área de milho primeira safra. A safra 2011/12 marca o momento em que a segunda safra, até então denominada safrinha, assumiu o protagonismo como a principal safra de milho do país.
Com relação ao plantio da segunda safra, previsto para iniciar em janeiro, a produção é estimada em 70,9 milhões de toneladas. A expectativa fica por conta do ciclo da soja, que, ocorrendo dentro do esperado, acarretará em uma janela de plantio favorável ao milho de segunda safra. Observando o calendário de plantio do cereal, nos últimos anos, a Conab constatou o surgimento de uma oferta, com tendência a apresentar um rápido crescimento, sobretudo na região da Sealba (Sergipe,
Alagoas e nordeste da Bahia), no Amapá e Roraima, que produzem num calendário parecido com o do Hemisfério Norte, cujo plantio se concentra no período entre maio e junho. Para esse milho, dito de terceira safra, a produção deverá ser de 1,16 milhão de toneladas.
Dessa forma, a estimativa nacional de cultivo do milho, considerando a primeira, segunda e terceira safras, na temporada 2019/20, deverá apresentar crescimento de 0,3% em comparação a 2018/19 e resultar em uma produção de 98,4 milhões de toneladas.
Soja
A safra 2019/20 de soja deverá ter uma área 2,6% maior que na última temporada, continuando a tendência de crescimento das últimas safras. Em razão do clima, a semeadura iniciou de forma modesta em relação à safra passada, mas dentro da normalidade quando comparada às outras safras.
Com a finalização do período de vazio sanitário nas principais regiões produtoras do país, as operações de plantio iniciaram em setembro, porém em um ritmo mais lento que na safra passada em razão das condições climáticas registradas nas primeiras semanas de trabalho.
Na Região Centro-Oeste, por exemplo, Mato Grosso iniciou outubro com 8% (cerca de 800 mil hectares) da área prevista para o plantio efetivamente semeada. Em Mato Grosso do Sul apenas 1,5% (45 mil hectares) e em Goiás 0,5% (aproximadamente 18 mil hectares). De maneira geral, o Brasil fechou setembro com cerca de 4% da área de soja semeada (cerca de 1,5 milhão de
hectares).
Em outubro, as condições climáticas registradas no país foram variadas e esse cenário impactou na evolução do cultivo. Em alguns estados, como Mato Grosso, as operações foram intensificadas com a realocação de equipamentos e mão de obra. O mês se encerrou com 83% da área no estado já semeada (cerca de 8,2 milhões de hectares).
Nas Regiões Norte e Nordeste, em particular no Matopiba, até novembro não foram atingidos os mesmos percentuais de plantio da safra passada, considerando, no entanto, que o período ideal de plantio para a região ainda está vigente.
De uma maneira geral, estima-se que até novembro foram semeadas 86% da área plantada, no país, com soja, estimada neste exercício em 36,8 milhões de hectares. Embora a irregularidade das chuvas atrasaram a semeadura em alguns estados, como Mato Grosso do Sul e Goiás, requerendo atenção, as condições apresentadas, de maneira geral, indicam um acréscimo de 5,3% na produção em comparação à 2018/19, devendo alcançar 121 milhões de toneladas.
Culturas de Inverno
Com as operações de colheita ainda vigentes na Região Sul (fatores climáticos influenciaram no avanço dessas operações), a safra de inverno ainda não teve sua colheita encerrada, mas a expectativa é de incremento em comparação ao ano passado na ordem de 0,1%, com destaques positivos para aveia, cevada e centeio, além de variações negativas para o trigo, o triticale e a canola.
Ao todo são esperadas cerca de 6.690,9 mil toneladas com as culturas de inverno, sendo mais de 78% desse volume correspondente à produção de trigo.
Veja também: Regularização fundiária é tema no Agrotalk
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