Produtores do RS estão preocupados com nuvem de gafanhotos

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O ano de 2020 não tem sido fácil para os produtores do sul do país. Após enfrentarem os primeiros meses com uma forte estiagem, que atingiu principalmente as lavouras de soja no Rio Grande do Sul, agora estão preocupados com o avanço de uma densa nuvem de gafanhotos.

 

Essa nuvem, que se originou no Paraguai, já atingiu os campos da Argentina e vem se deslocando para a fronteira brasileira com o Uruguai mais precisamente ao oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

 

As nuvens de gafanhotos, ao atingir as lavouras e pastagens causam uma grande devastação em um curto espaço de tempo causando grandes prejuízos. É importante que os produtores fiquem alertas, acompanhem de perto a evolução para caso haja necessidade de fumigação em suas propriedades.

 

Fonte: Istock

 

Chuva deve ajudar a dissipar a nuvem de insetos

 

A boa notícia é que com o as chuvas previstas para essa semana devem ajudar a dissipar a praga. A partir de quinta-feira, dia 25 de junho, o avanço de uma grande frente fria vai provocar vários temporais na Região Sul do país.

 

De acordo com a engenheira agrônoma da Climatempo, Tatiane Cravo, a chuva e as baixas temperaturas inibe a migração dos gafanhotos. Por isso, mesmo que eles consigam chegar a essas regiões, serão em menor número e não devem causar grandes perdas para a agricultura. Além disso, na sexta, no sábado e no domingo, a entrada de uma forte massa de ar frio de origem polar vai provocar geada em amplas áreas do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina, que poderão registrar mínimas abaixo dos 5°C.

 

Mapa monitora na fronteira nuvem de gafanhotos que invadiu Argentina

 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu informações do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) sobre uma nuvem de gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata que encontra-se próximo à fronteira com o Brasil. Segundo o monitoramento climático que vem sendo realizado pelos especialistas argentinos, a praga deve seguir em direção ao Uruguai.

 

No entanto, considerando a proximidade com a região fronteiriça do Brasil, o Mapa emitiu alerta para as Superintendências Federais de Agricultura, com vistas aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região, em especial no estado do Rio Grande do Sul, para a adoção eventual de medidas de controle da praga caso esta nuvem ingresse em território brasileiro.

 

Segundo a Coordenação-Geral de Proteção de Plantas do Mapa, as autoridades fitossanitárias brasileiras estão em permanente contato com os seus pares argentinos, bolivianos e paraguaios por meio do Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal – COSAVE, o que tem permitido um acompanhamento do assunto em tempo real, com o objetivo de adotar as medidas cabíveis para minimizar os efeitos de um eventual surto da praga no Brasil.

 

Esta praga está presente no Brasil desde o século XIX e causou grandes perdas às lavouras de arroz na região sul do País nas décadas de 1930 e 1940. Desde então, tem permanecido na sua fase “isolada” que não causa danos às lavouras, pois não forma as chamadas “nuvens de gafanhotos”. Recentemente, voltou a causar danos à agricultura na América do Sul, em sua fase gregária (formação de nuvens).

 

Os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva na região estão sendo ainda avaliados pelos especialistas e podem estar relacionados a uma conjunção de fatores climáticos, como temperatura, índice pluviométrico e dinâmica dos ventos.

 

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Por Amanda Sampaio e Angela Ruiz