Em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, nesta manhã de quinta-feira, o ministro do Meio Ambiente reconheceu que o Brasil ainda precisa vencer a batalha contra a desinformação que coloca o país como vilão da Amazônia. Para Ricardo Salles, a estratégia deve se basear na produção e disseminação no exterior de conteúdo lastreado em ações e boas práticas.
O ministro disse que uma das medidas de grande importância será a suspensão das queimadas por 120 dias. O decreto este ano foi antecipado e vai valer por 120 dias, o dobro do tempo de 2019.
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É importante para sinalizar que nós não queremos queimada. Quem fizer queimada está incorrendo em ilegalidade aberta, disse Salles. Os responsáveis pelas queimadas, em geral, são pequenos agricultores que colocam fogo na terra para plantar.
No ano passado, 90% dos focos foram registrados em áreas da Amazônia já desmatadas. O dado está num estudo do pesquisador Evaristo de Miranda, chefe da Embrapa Territorial. O ministro Ricardo Salles reconhece que essa informação indica a necessidade do governo agir para elevar o acesso à tecnologia no campo.
Ainda quanto à suspensão das queimadas, o ministro do Meio Ambiente lembrou que a medida só não será aplicada em casos específicos, como práticas de prevenção. Estão autorizadas também atividades de pesquisa científica e controle fitossanitário, além de queimas controladas em áreas fora da Amazônia Legal e no Pantanal.
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