Cultivo do trigo no Paraná para a safra de 2021

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Foto: istock

 

O Brasil consome anualmente 11,8 milhões de toneladas de trigo, porém produz cerca de 6,2 milhões de toneladas, sendo o estado do Paraná o principal produtor, contribuindo com 50% da produção nacional.

 

Para atender o consumo interno é necessário importar trigo, de modo que em 2020 o Brasil importou 6,8 milhões de toneladas, acarretando o envio de recursos financeiros escassos para o exterior, os quais deixam de ser utilizados no Brasil e na cadeia produtiva deste importante cereal de inverno.

 

Considerando que a área cultivada com a soja no Paraná é de aproximadamente 5,5 milhões de hectares e que no inverno o milho segunda safra ocupa 2,28 milhões de hectares e o trigo apenas 1,12 milhão de hectares, fica evidente que a área de trigo ou de outros cereais de inverno, como a aveia e o triticale, poderia ser significativamente expandida em detrimento do pousio.

 

O atraso na colheita da soja devido a problemas climáticos como a falta de chuvas no início da época da semeadura e posteriormente períodos longos com dias nublados e excesso de chuvas, atrasaram o desenvolvimento da planta retardando a colheita. Esse atraso está prejudicando a semeadura do milho segunda safra em todas as regiões do Paraná onde há o cultivo do milho safrinha, porém com mais intensidade nas regiões Sudoeste, Oeste e Norte do Estado.

 

Uma opção para os agricultores que estão enfrentando o problema da semeadura do milho segunda safra, dentro do prazo estabelecido pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), é o cultivo de cereais de inverno. A cultura do trigo é a principal alternativa de produção para a safra de inverno no estado do Paraná e se encaixa perfeitamente no período de abril a outubro, dependendo da região de cultivo, em sucessão à soja.

 

A rotação de culturas é altamente desejável e os benefícios da palhada do trigo no solo vão desde a proteção contra a erosão, a manutenção da umidade, a redução da temperatura do solo, favorecendo os processos biológicos como o crescimento de raízes e a fixação do N, e a redução da população de plantas daninhas.

 

O estado do Paraná é dividido em três grandes macrorregiões em relação a adaptação e indicação de cultivares de trigo:

 

Região 1: Centro-Sul, fria e úmida, com clima temperado e altas altitudes, representada por Ponta Grossa, Irati e Guarapuava; Semeaduras indicadas para os meses de junho e julho.

 

Região 2: Central, moderadamente quente e úmida, intermediária em clima e altitudes, representada por Campo Mourão, Cascavel e Pato Branco; Semeaduras indicadas para os meses de abril a junho.

Região 3: Norte/Oeste. Quente e moderadamente seca, com clima subtropical e baixas altitudes representada por Londrina, Maringá e Palotina. Semeaduras indicadas de abril a maio.

 

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), por meio de seus Projetos de Melhoramento Genético, desenvolveu várias cultivares de trigo e estão disponíveis para os agricultores. Para mais informações sobre as cultivares de trigo, triticale e aveia do IDR-Paraná, bem como os parceiros multiplicadores de sementes, clique aqui.

 

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