Foto: istock
A árvore Baru é nativa do Cerrado brasileiro e apresenta fruto rico em vitaminas sendo muito utilizado para fins medicinais, cosmético, culinária brasileira e para atrair a fauna. Além disso a árvore Baru, fornece ótima madeira que pode ser utilizada na movelaria, construção civil e moveleira. Esta árvore também produz uma única semente comestível, a castanha de baru que é muito nutritiva.
É uma espécie secundária, de crescimento rápido, grande fixadora de nitrogênio no solo, podendo alcançar 25 m de altura e 70 cm de diâmetro do caule, de copa densa e arredondada fornece boa sombra. As folhas permanecem nos períodos mais secos e são compostas por 6 a 12 folíolos. As flores são pequenas, de coloração rosa, e a floração ocorre de outubro a janeiro, atraindo as abelhas. Os frutos aparecem a seguir, amadurecendo de setembro a outubro.
Mais nutritivo que a maioria das nozes
O baru tem mais nutrientes que o amendoim e a maioria das nozes. Quase 30% de seu peso é composto por proteína. Também é rico em vitamina C, ferro, polifenóis, flavonoides e antocianinas e por isso está sendo apresentado como um alimento funcional.
Todo o fruto pode ser aproveitado. A polpa contém carboidratos, lipídeos, proteína, fibra e cinzas e pode ser adicionada em receitas de pães e bolos para aumentar a qualidade nutricional. A parte mais interna do fruto (endocarpo) pode ser usada como carvão com alto valor calorífico.
Do seu fruto, aproveita-se a castanha, a polpa, que é adocicada e a sua casca dura pode ser usada como carvão, combustível de caldeira ou para fogão. Na seca em que é a época da colheita do fruto o gado roe a polpa do fruto no pasto, suplementando a sua alimentação, mas não come a casca, onde se encontra a castanha.
A castanha torrada é muito energética e nutritiva. O sabor lembra o do amendoim.
Baru é sustentável e lucrativo
O comércio do baru é uma atividade sustentável, já que não é necessário cortar a árvore para a obtenção do produto, é o que explica Kolbe Soares, analista de conservação da WWF-Brasil. Ele informa que existem mais de 700 espécies no Cerrado que possibilitam essa exploração sustentável e não madeireira.
O mercado externo está descobrindo o pequi, o baru, o babaçu, o artesanato com capim dourado. Os produtos das comunidades extrativistas têm alcançado o mercado interno e o externo, conta Soares.
Sobre o baru, o analista explica que ele está sendo divulgado aproveitando a onda das castanhas brasileiras, já bem conhecidas lá fora, como a de caju e a do Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de baru em 2018 foi de 95,8 toneladas, distribuídas nos estados de Goiás e Mato Grosso, e de 69,3 toneladas em 2019. O preço mínimo do quilo, estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de R$ 25,50, mas há registro de venda por até R$ 80,00 naquelas safras.
O crescimento da procura pelo baru tem uma explicação: o aumento da consciência do público em relação aos produtos consumidos. Essa opção traz grandes impactos para o País. As comunidades utilizam as espécies nativas para gerar renda e ao mesmo tempo preservam o bioma em pé, o que também mantêm as pessoas no campo, reduzindo o êxodo rural. O aumento da demanda fortalece a atividade e diminui a pressão pelo desmatamento do Cerrado e tudo isso vira um ciclo com benefícios amplos para a sociedade, expõe Soares.
O pesquisador Fernando Rocha acredita que o baru já é definitivamente um produto com demanda nacional e internacional. Por isso, ele diz ser muito importante desenvolver um sistema de produção para garantir a oferta do produto evitando que isso seja feito em outro país, como ocorreu com a macadâmia. Nativa da Oceania, a seleção de material e o desenvolvimento de metodologia para seu plantio comercial foi feito no Havaí, Estados Unidos, no século 19.
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