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O retorno da chuva ao Pantanal de Mato Grosso do Sul, tem ajudado a diminuir os focos de incêndio na região. Mas a chuva ainda não foi o suficiente para reverter os baixos índices de umidade relativa do solo, nem para evitar que novos focos de calor surjam.
Com isso, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) prorrogou o período de proibição de queimas controladas na região. A proibição se encerraria no último sábado, 30 de outubro, mas uma nova portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira, 28, e prorroga até o dia 31 de dezembro deste ano, a suspensão das autorizações ambientais para as queimas controladas.
Segundo a resolução, a proibição se dá em razão dos focos de calor, que ainda são registrados na região. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), até esta quarta-feira, 03 de Novembro, há 8.980 focos de incêndio em todo o Mato Grosso do Sul. Mesmo alto, este valor é 22% menor em relação ao mesmo período do ano passado.
Água disponível no solo
A disponibilidade de água no solo, também é um fator que serve como combustível para o surgimento de novos focos de incêndio. Mesmo com o retorno da chuva ao Mato Grosso do Sul, os volumes ainda não foram suficientes para reverter o déficit hídrico em algumas áreas, principalmente sobre o oeste do estado, onde a água disponível no solo ainda se encontra abaixo dos 30%.
Mapa de água disponível no solo – Região Centro-Oeste
O que são as “queimadas controladas”?
As “queimadas controladas” são as queimadas com fim de limpeza e de renovação agrícola e de pastagem. Essa prática é permitida, desde que haja uma licença e um plano para o uso do fogo, e só pode ocorrer em determinado período do ano, de acordo com o tipo de bioma. Todos os processos de queima, monitoramento, prevenção e contingência necessária são descritos e aprovados por um órgão licenciador.