Chuva atrapalha o início da colheita de soja em MT

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Foto: Rosemari Montanher – Atalaia – PR

 

Em Itamaraju (BA), as áreas produtoras de café receberam um volume muito elevado de chuva. Foram pouco mais de 800mm nos últimos 35 dias. Se comparado com a média histórica dos 31 dias de dezembro, o acumulado foi mais de cinco vezes maior que o normal. A chuva também foi intensa na região de Valença, com 215mm nos últimos quatro dias.

 

Outra região que recebeu muita chuva foi o oeste da Bahia. Em Barreiras, o acumulado alcançou 270mm em seis dias ou 30% a mais que o normal para todo o mês de dezembro. A chuvarada paralisa as atividades de manutenção da soja e plantio de milho e algodão, não apenas na Bahia, mas em todo o Matopiba.

A chuva também não para de cair sobre o Mato Grosso, o que deixa os produtores apreensivos por causa do início da colheita da soja no Estado. De acordo com o agrometeorologista Celso Oliveira, a atividade será inviável, por causa da chuva prevista.

A Região Sul, o sul de Minas Gerais e boa parte dos Estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul tiveram uma semana com pouca chuva. A situação é dramática no Rio Grande do Sul onde 65% das áreas de milho já estão em fase de reprodução e com necessidade imediata de chuva.

 

Entre o noroeste do Paraná, extremo oeste de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul, não chove intensamente há pelo menos 50 dias, comprometendo o desenvolvimento de culturas como cana de açúcar, soja e mandioca.

 

Tendência do clima

 

A chuva enfraquece sobre o sul da Bahia, mas a precipitação mais intensa permanece sobre o centro e norte do Brasil nesta última semana de dezembro. Pancadas de chuva alcançam a Região Sul nos primeiros dias de 2022, mas chegam tarde e com baixo acumulado.

 

A chuva começa a enfraquecer sobre a Bahia nesta terça-feira (28). A partir da quarta-feira, esperam-se mais nuvens que chuva sobre a região. Por outro lado, as tempestades não darão trégua ao Matopiba, incluindo-se o oeste da Bahia, além dos estados do Pará, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo. Há previsão de acumulados entre 150mm e 200mm em apenas sete dias no centro, leste e noroeste de Minas Gerais, sudoeste do Piauí, sul do Maranhão, em Tocantins, sudeste do Paraná e em boa parte de Mato Grosso.

 

No Maranhão, a chuva forte paralisa o plantio do algodão na região de Balsas. Em Mato Grosso, a colheita dos primeiros talhões torna-se inviável com chuva forte e persistente.

Há previsão de pouca chuva e muito calor na Região Sul e partes de São Paulo e de Mato Grosso do Sul até a sexta-feira desta semana. Até há expectativa de aumento da umidade do solo no centro e leste do Paraná, leste de Mato Grosso do Sul e em boa parte do estado de São Paulo, mas são em áreas onde a umidade do solo está em um nível razoável para o desenvolvimento. Nas áreas mais críticas, como a divisa do Paraná e Mato Grosso do Sul, a umidade do solo permanecerá no mesmo patamar.

 

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Foto: falta de chuva prejudica soja – Rosemari Montanher – PR

A situação deve começar a mudar mesmo com a chuva prevista a partir do sábado (01), na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, prevê Celso Oliveira.

 

“Diferentemente dos últimos episódios de chuva, que passaram rapidamente pela Região Sul, desta vez, há previsão de pancadas de chuva ao longo de toda a primeira semana de janeiro na maior parte das localidades. Isso fará com que o acumulado seja maior e a precipitação mais abrangente, mitigando as perdas em áreas que foram instaladas de forma mais tardia”, analisa.

 

Entre os dias 03 e 09 de janeiro, estimam-se pouco mais de 50mm sobre o centro, leste e norte do Paraná e planalto de Santa Catarina e entre 20mm e 40mm no oeste e sul do Paraná, sul de Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo e de Santa Catarina e na maior parte do Rio Grande do Sul. Somente a Campanha e a Fronteira Oeste receberão menos de 20mm.

“Algumas simulações indicam que após este evento, espera-se pouca chuva até o dia 17 de janeiro, mas a precipitação retornará entre os dias 18 e 24 de janeiro ao centro e sul do Brasil. O mês de janeiro não será chuvoso, mas terá maior frequência de pancadas de chuva comparando-se com dezembro”, diz Oliveira.

Parte da umidade da Amazônia vai migrar para o Sul,  e isso significa enfraquecimento da chuva sobre Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Matopiba no início da segunda quinzena de janeiro, trazendo um pouco de alívio aos produtores que já estão para começar a colheita da primeira safra e instalação da segunda safra.

 

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