Estiagem prolongada deixa o RS em situação de emergência

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Foto: iStock

 

O sul do país vem passando por um período de estiagem prolongada, principalmente o Rio Grande do Sul. As áreas mais críticas são o centro-norte e noroeste do estado gaúcho. Por enquanto, 110 municípios já deram entrada ao pedido de situação de emergência no estado e 14 cidades, até o momento, já tiveram a homologação aceita. 

 

A situação tende a ficar pior a medida em que a estiagem for se estendendo, principalmente nas áreas produtoras. O problema na região agrícola do Rio Grande do Sul está em alerta, pois, é a região mais importante com relação a economia do estado. As perdas pela falta de chuva já somam milhões de reais em prejuízos. 

 

Abastecimento da população 

 

Em termos de população, a estiagem também representa um grande risco. De acordo com a Corsan, maior companhia de abastecimento de Porto Alegre, não vai ter racionamento. Porém, a situação das bacias esta comprometida e grande parte da população do estado é atendida pela empresa. 

 

A demanda e o uso da água é muito grande na região metropolitana, litoral e serra do Rio Grande do Sul, por que concentra a maior parte da população do estado. Além disso, estas áreas também contam com regiões agrícolas, como por exemplo, de cultivo do arroz , uma cultura que precisa muito da água. 

 

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Efeitos do Lã Niña são mais fortes no RS

 

Os estado de Santa Catarina e Paraná passam por situações parecidas e se encontram em um período de chuvas irregulares e abaixo da média. Mas, é o estado gaúcho que passa pelo pior cenário, onde os efeitos do Lã Niña são mais fortes. 

 

Esse déficit está acumulado ao longo dos últimos 24 meses e não há previsão de reposição hídrica e nem volumes de chuva mais expressivos que possam minimizar o problema. 

 

Tendência 

Apesar das pancadas de chuva terem retornado ao estado ao longo desta semana, ainda é algo muito isolado e sem grandes volumes acumulados. A previsão é que ao longo do mês de janeiro ainda tenhamos eventos de chuva intercalados com períodos de tempo seco, o que deve fazer com que o mês de janeiro termine com chuvas abaixo da média em todo o estado do Rio Grande do Sul.

 

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Temperaturas mais elevadas predominam na Região Sul e a tendência é que sigam acima da média ao longo do verão. Essa combinação de tempo seco e temperaturas altas é muito prejudicial para saúde e contribuem para maior evaporação da escassa umidade do solo.