A quantidade de chuva que caiu sobre Petrópolis, em apenas 4 horas foi considerada mais alta do que a média de chuva para todo o mês de fevereiro. Neste período, entre 14h45 e 18h45, o INEA registrou 221,4 mm na estação Alto da Serra/Palatinado.
O Cemaden registrou 210,0 mm em 3 horas, entre 16h20 e 19h20, na estação São Sebastião/GEO. A média histórica de fevereiro é de 185mm. Ou seja, em apenas quatro horas, choveu 40% a mais que o normal para todo o mês de fevereiro.
De acordo com a última atualização do Governo do estado do Rio de Janeiro (horário 15h20), 66 óbitos foram confirmados. A cidade ainda continua em estágio de crise. O trabalho continua porque há soterrados.
A prefeitura informou que a Secretaria de Defesa Civil montou um posto de comando na sede da unidade para o gerenciamento das ocorrências e organização das equipes de diferentes órgãos municipais, estaduais e federais. Mais 400 oficiais, entre os agentes municipais e os do Corpo de Bombeiros, Exército, Aeronáutica, polícias Militar, Civil e Rodoviária, atuam no suporte aos atendimentos e ações de recuperação dos locais afetados.
As aulas nas redes municipais estão suspensas até sexta-feira. Equipes técnicas trabalham para reestabelecer o sistema de água nos bairros afetados.
Solidariedade
Os hotéis de Petrópolis abriram as portas para os desabrigados, assim como a igreja. Ao todo 100 pessoas estão em hotéis da cidade.
Referência em produção de horticultura
Além disso, Petrópolis é referência na produção de verduras e legumes no Estado do Rio de Janeiro. O Distrito de Brejal, maior produtor, fica distante da cidade, mas o transporte das mercadorias está prejudicado. A situação lembra a tragédia de 1988, quando uma chuva intensa e com curta duração provocou inundações, deslizamentos e 134 óbitos em Petrópolis.
Foto: Istock
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