O estado de São Paulo tem possibilidade de fechar o ano de 2022 com uma safra recorde de trigo, com volumes na casa das 400 mil toneladas. Esse foi a expectativa apresentada na primeira reunião da Câmara Setorial do grão no estado, segundo o Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo).
Segundo o reporte das quatro maiores cooperativas paulistas produtoras de grãos, espera-se que a safra de trigo de 2022 seja recorde, tendo em vista as estimativas apresentadas.
Este número será atingido se as condições climáticas deste ano forem favoráveis para o cultivo, o que levaria a um aumento da produtividade nos campos paulistas, tendo em vista que a área plantada será similar à do ano passado, explica o presidente da Câmara Setorial de Trigo Victor Oliveira.
Foto: Istock
Caso essa expectativa se concretize, os produtores de São Paulo reverteriam a queda na produção registrada na safra de 2021, que foi afetada pelas geadas durante o desenvolvimento do trigo.
O fator climático e o aumento nos custos envolvidos na produção foram elementos que limitaram a cultura do trigo na última safra a 255 mil toneladas, de acordo com Oliveira.
Em contrapartida, um dos fatores que estimulou os produtores paulistas em meio aos desafios de 2021 foi o preço do trigo, o que contribuiu para a rentabilidade dos negócios.
O conflito entre Rússia e Ucrânia e as consequências para o mercado de trigo também fizeram parte da pauta da reunião. O trader da Cofco International Daniel Lima definiu como desafiador o panorama para os próximos meses.
Toda essa situação do conflito tem pressionado a oferta, o que afetará a precificação do trigo em players como a Argentina, que tende a crescer como exportador no mercado internacional. Como os preços no Brasil, de certa forma, refletem o que acontece na Argentina, também sentiremos uma diferença nos valores do trigo.
Cartilha
Com o objetivo de unir a cadeia produtiva da farinha de trigo para oferecer produtos de qualidade à população, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo atualizou a Cartilha do Agricultor, publicação que está em sua segunda edição e que orienta sobre o uso substâncias agroquímicas na cultura do trigo.
O ano de 2021, apesar dos impactos das mudanças do clima ao longo do ano, registrou um volume considerável de trigo nos campos paulistas, chegando a cerca de 250 mil toneladas. Temos esperança de ampliarmos esse volume em 2022, principalmente com o cenário de alta nos preços do trigo, ressalta o presidente da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, Victor Oliveira.
A atualização inclui informações sobre os princípios ativos autorizados para o uso em trigo, o conceito sobre análise de risco, orientações gerais do monitoramento realizado pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e os laboratórios que realizam análise de resíduo de agrotóxicos em trigo no Brasil e na Argentina.
Estamos atentos às movimentações referentes ao uso de defensivos agrícolas na cultura do trigo e seguimos com a missão de apoiar e dar suporte a agricultores, moinhos e à indústria como um todo, explica o Presidente-executivo da Abitrigo Rubens Barbosa.
Acesse aqui a nova Cartilha do Agricultor.
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