De acordo com dados do Ministério da Economia, em julho de 2022 foram embarcadas 19,68 mil toneladas de algodão brasileiro, volume 68,63% menor que junho de 2022 e 66,2% menor que o mesmo período do ano passado. O preço médio da tonelada exportada foi de US$ 2.431,9, ante US$ 1.664,5 em julho de 2021, valor 46,1% maior.
A tendência é que as exportações sejam ainda menores doravante, haja vista a baixa disponibilidade de estoques do produto, situação que só deve mudar em outubro, quando a nova safra estará disponível para comercialização.
Embora o preço da pluma, tanto no mercado interno quanto no externo tenha caído no último mês, para os produtores a rentabilidade ainda é satisfatória, com preços 20% acima do ano anterior, conforme o levantamento da Conab no Mato Grosso. Porém, o mercado, principalmente o internacional, tem se mostrado bastante volátil diante da conjuntura econômica mundial, com a possibilidade de uma recessão global, o que pode influenciar a intenção de plantio para a safra 2022/23.
Foto: arquivo istock
Veja abaixo as condições das lavouras pelo país, de acordo com o 11º levantamento da Conab:
Mato Grosso do Sul
Com aproximadamente 40% das lavouras colhidas, as produtividades têm apresentado redução em relação à safra passada. Entretanto, o aumento da área cultivada impulsionou o também aumento na produção total da cultura do algodão.
Goiás
Em torno de 70% das áreas estão colhidas no estado, apresentando produtividade média de 4.500 kg/ha e aproximadamente, 40% do produto colhido está com a pluma processada. A queda da produtividade neste ano foi ocasionada pelo estresse hídrico, geadas, principalmente, na porção sul do estado, onde a queima dos ponteiros levaram ao comprometimento da abertura de capulhos e semeadura tarda em algumas regiões do sul do estado. Mesmo com a queda de produtividade, o estado tem produção.
Minas Gerais
Cerca de 40% das lavouras de algodão estão colhidas no estado. Esse percentual representa majoritariamente as áreas de sequeiro, semeadas em dezembro de 2021. Essas lavouras sofreram com as chuvas em excesso na semeadura e estiagem em todo seu desenvolvimento.
Nas lavouras de segunda safra (irrigadas), os impactos foram em menor escala. O estresse fisiológico causado às plantas culminou em leve redução de produtividade esperada, que é de 3.823 kg/ha. De acordo com dados do 11º levantamento da Conab, apesar da queda de produtividade, a qualidade das fibras foi beneficiada pelo clima seco.
Maranhão
A colheita das lavouras de algodão se encontra em torno de 31% da área total semeada e deve continuar ocorrendo até setembro de 2022. O restante das lavouras se encontra em maturação, já desfolhada. O beneficiamento do algodão colhido foi realizado em 10% do produto. A área plantada de algodão primeira safra equivale a 19,6 mil hectares, com uma produtividade média esperada de 4.731 kg/ha. As lavouras de algodão segunda safra, presentes no município de Balsas, foram estabelecidas na segunda quinzena de janeiro de 2022 e iniciaram colheita no presente mês.
A área plantada de algodão safrinha é de 7,6 mil hectares, com rendimento médio de 4.500 kg/ha. Na safra 2021/22, a área total plantada de algodão foi de 27,2 mil hectares, 6,3% maior que a área semeada na safra anterior devido à expansão de área plantada de algodão segunda safra, motivada pelos bons resultados de produção do algodão nas últimas safras e bons preços do produto no mercado. O rendimento médio previsto é de 4.666 kg/ ha, 7,4% acima do alcançado na safra anterior, uma vez que estão alcançando rendimentos superiores com o avanço da colheita.
Rio Grande do Norte
Trata-se de uma cultura pouco cultivada no Rio Grande do Norte. As intempéries climáticas e preços pouco remuneradores no mercado local fizeram com que a grande maioria dos produtores abandonasse essa atividade, optando por culturas de subsistência, tais como: milho e feijão. Nesta safra está previsto o plantio de 294 hectares em todo o estado, boa parte plantada no município de Touros, com rendimento médio esperado de 3.581 kg/ha.
Rondônia
A cultura atualmente se apresenta com cerca de 70% da produção em fase final de abertura dos capulhos e maturação das fibras, e pouco mais de 30% da lavoura já colhida.
Paraíba
As lavouras perderam seu vigor produtivo em virtude do estresse hídrico ocorrido na fase de desenvolvimento vegetativo, até mesmo com o registro de perdas totais e generalizadas no Alto Sertão.
Paraná
A colheita finalizada no estado.
Como monitorar o Clima na sua fazenda?
Otimizar o plantio, ficar de olho no Clima para avançar com os trabalhos no campo e observar o desenvolvimento da cultura para evitar perdas são algumas das decisões que você produtor rural precisa tomar durante a safra.
O AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.
Faça parte da maior comunidade AGRO! O canal oficial da Climatempo no Telegram fornece conteúdos diários e exclusivos sobre o Clima e previsão para a agricultura. Quero fazer parte!
