O clima exerce influência na formação dos solos principalmente através da precipitação e temperatura. Em ambientes extremos, como desertos frios ou quentes, a água está em estado sólido (gelo) ou ausente, o que dificulta ou mesmo impede a formação do solo. Para atuação de processos de intemperismo e de formação do solo há necessidade de existir água em estado líquido.
Precipitações e temperaturas elevadas favorecem os processos de formação do solo. Climas úmidos e quentes (regiões tropicais) são fatores favoráveis à formação de solos muito intemperizados (alterados em relação à rocha), profundos e pobres, o que resulta em acidez e baixa fertilidade, como é o caso da maioria dos solos brasileiros.
Em regiões de baixa precipitação (áridas e semi-áridas), os solos são menos intemperizados, mais rasos, de melhor fertilidade e, geralmente, pedregosos. Graças à vegetação escassa, a quantidade de matéria orgânica, adicionada em climas secos, é inferior à dos solos de regiões úmidas.
Portanto, o clima influencia a formação da vegetação, e a vegetação contribui para a dinâmica do solo. Dessa forma, é clara a existência de uma relação entre vegetação, clima e solo.
Figuras 1 e 2: Valmiqui Costa Lima e Marcelo Ricardo de Lima – Engenheiro Agrônomo, Doutor, Professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR
Aspectos que interferem em uma boa colheita
Clima inadequado, tempo de intervalo incorreto entre o plantio e alta quantidade de pragas são alguns exemplos que podem contribuir para uma má colheita. Entretanto, ainda é necessário atenção sobre outro fator importante nesta equação: a qualidade do solo. É por meio do campo de plantio que os alimentos absorvem a água e os nutrientes necessários para o seu crescimento.
“Investir no tratamento adequado do solo é crucial para uma colheita mais produtiva. Além disso, é preciso também observar se os recursos que já são utilizados não contribuem para o desgaste da superfície utilizada para o plantio”, explica Marcelo Leonessa, CEO da Effatha Technology.
Marcelo destaca que a conservação da terra é uma das maiores dificuldades para os produtores rurais.
“A degradação do solo pode ser extremamente prejudicial para os agricultores, uma vez que um terreno infertil ou pobre em nutrientes pode impedir uma boa colheita e gerar redução de qualidade dos alimentos, além de perdas de lucratividade”, pontua.
Marcelo explica que a utilização de soluções via satélite podem ser a alternativa ideal para aqueles que já entendem a importância da preservação deste importante recurso natural.
“O solo é um recurso natural, que assim como todos os outros, é limitado e deve ser preservado. É necessário ter em mente sempre quais tipos de ferramentas e produtos que estamos utilizando e se, a longo prazo, poderemos contar com toda a eficiência e benefícios que o solo proporciona às plantações”, finaliza.
Para o pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP), solo saudável é sinônimo de alto rendimento para o produtor e é fundamental para a segurança alimentar. Ele explica que para ser considerado saudável o solo precisa ter estrutura bem desenvolvida, teor adequado de matéria orgânica, propriedades físicas, químicas e biológicas favoráveis ao crescimento das culturas.
Práticas como a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) podem promover a melhoria da qualidade do solo e, além disso, contribuir para incrementar os serviços ambientais desse recurso, que, muitas vezes, passam despercebidos.
Regulação do fornecimento de água, controle das emissões de gases de efeito estufa, armazenamento de carbono, ciclagem de nutrientes, manutenção da biodiversidade e controle biológico são algumas das vantagens ambientais proporcionadas por um solo bem manejado.
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