Mais chuva igual disponibilidade de pasto para o gado

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A estação de monta é um período comum na criação de bovinos, onde as fêmeas em reprodução são expostas ao touro ou à inseminação artificial durante uma determinada época do ano, com a finalidade de concentrar os partos e em seguida as operações consequentes.

 

Os fatores que definem o período mais adequado para a estação de monta devem ser condizentes ao momento do ano com um maior número de chuva, gerando uma maior disponibilidade de pasto para o gado. Dessa maneira, essa prática normalmente ocorre entre o fim de um ano e o começo do outro. 

 

Com o maior volume da época chuvosa neste ano, alguns produtores estenderam essa estratégia. Porém, com o fim da estação de monta, o produtor rural deverá tomar uma decisão com a vaca que não conseguiu emprenhar.

 

A médica veterinária da Reino Rural Saúde no Campo, Fabiana Sabino, afirma que o pecuarista terá que definir se esse animal será engordado para abate ou irá mantê-lo para a próxima estação de monta, mas que isso irá depender muito da atual situação do produtor.

 

“Se o produtor rural estiver capitalizado, ou seja, não necessitar de recurso financeiro neste momento, ele poderá esperar com esses animais para o próximo ano. Mas se ele está precisando fazer caixa, então é melhor engordar o animal e levar para abate”, conta Fabiana.

 

A veterinária ainda explica que se o pecuarista contar com animais para substituir, também é outra opção.

 

“Caso conte com um lote de novilhas que já está no ponto de substituir essas vacas, a decisão para o lado do abate será mais fácil. Entretanto, se não contar com substituição para o próximo ano, será um pouco mais complicado, pois ele ficará com um lote menor, sendo mais viável manter o animal.”

 

 

Foto: Getty Images

 

Manter o animal para a próxima estação de monta

 

Caso o produtor rural tome a decisão de manter o animal para a próxima estação de monta, uma das recomendações é a de que ele faça um exame clínico na vaca, para que assim ele entenda os motivos dela não ter emprenhado.

 

“Primeiro é preciso identificar se o animal está com algum problema de saúde, ou até mesmo problema morfológico. Após essa análise, será definido a nutrição ideal para a vaca”, explica Sabino.

 

A veterinária ainda ressalta que a nutrição irá depender do escore corporal que o animal está atualmente.

 

“Ele não pode estar nem gordo e nem magro, ele deve estar com um bom escore corporal, para chegar bem na próxima estação de monta.”

 

Suplementação para o próximo período de monta

 

Com o animal mantido para a próxima estação de monta, é essencial que o produtor rural inclua na dieta dessa vaca alguns suplementos minerais, que irão contribuir para uma boa evolução do bovino.

 

Engorda do animal em período chuvoso

 

Se a opção definida pelo produtor rural for a de engordar os animais para abate, é importante que ele aproveite esse período chuvoso, pois terá mais fartura de pastagem e o animal irá engordar ainda mais rápido.

 

“Essa vaca vai conseguir engordar com mais facilidade, pelo fato de ser um animal adulto. Portanto, neste momento, uma boa opção para complementar a dieta deste rebanho é oferecer melhoradores de desempenho, dessa forma é possível gerar uma resposta mais rápida, fazendo com que ele consiga engordar esses animais aproveitando essa pastagem”, salienta a veterinária. 

Por fim, Sabino ainda afirma que o tempo de engorda deste animal irá depender das condições da pastagem, ou seja, o volume de pasto que ele tem disponível. “É possível engordar com seis meses, no máximo oito meses. Mas isso se o animal tiver disponibilidade de pastagem, se não houver, poderá prolongar um pouco mais.”

 

Tendência do Clima no Brasil nos próximos dias

 

Uma área de baixa pressão atmosférica próximo a costa da região Sul vai continuar gerando muitas instabilidades sobre a faixa leste da região e tem previsão para volumes bastante elevados de precipitação, que podem ocorrer acompanhados por fortes rajadas de vento, desde o nordeste gaúcho, passando pelo leste catarinense até o leste do Paraná. No entanto, no interior da Região Sul os volumes de chuva serão menores e os episódios bem mais isolados. No Rio Grande do Sul essa semana será marcada por maiores períodos de tempo aberto e elevação das temperaturas. No Paraná a chuva terá moderada intensidade, mas também ocorrerá alternada com períodos de melhoria, possibilitando o avanço das atividades no campo.

 

Entre as Regiões Sudeste e Centro-Oeste um corredor de umidade vai intensificar as chuvas no decorrer desta semana. No Sudeste, estão previstos fortes episódios, que podem ocorrer acompanhados por rajadas de vento e queda de granizo entre a metade norte de São Paulo, sul, Triângulo e Cerrado Mineiro.

 

No Centro-Oeste tem previsão de chuva de moderada a forte intensidade entre o interior de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. Em relação os últimos períodos, a chuva se intensifica entre Goiás e Mato Grosso, podendo vir com volumes de 50 a 70 milímetros nas áreas mais atingidas e essa chuva pode impactar as atividades no campo e a instalação do milho segunda safra.

 

Volumes ainda maiores de precipitação são esperados sobre o Norte do Brasil, devido as instabilidades associados a umidade da Amazônia e também a influência da Zona de Convergência Intertropical – ZCIT. Entre o interior do Amazonas, Rondônia, Pará, norte do Tocantins e no Amapá estão previstos volume de águas que podem ultrapassar 100 mm no decorrer dos próximos cinco dias.

 

Entre o interior Nordestino, norte de Minas Gerais e Espírito Santo não tem previsão para mudanças significativas no tempo nesta semana e o ar seco vai continuar predominando e fazendo com que a umidade do solo diminua ainda mais. A chuvas devem retornar para estas áreas de forma mais generalizada depois do dia 12 de março.

 

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