Produção vertical com controle da cadeia produtiva é case no BR e no mundo

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Elevar e verticalizar a produção sustentável a um grau máximo de excelência usando ciência, tecnologia e gestão de negócio. Parece missão impossível, mas isso já é uma realidade em terras brasileiras. Com o objetivo de produzir a melhor e mais saborosa proteína de origem animal do mundo, a Carapreta, vertical Agro do grupo A.R.G, reuniu um time de jornalistas do Agro no conceituado Varanda Grill, na capital paulista para falar do aprimoramento de seus processos de produção baseado em práticas sustentáveis.

É no norte de Minas Gerais que a história ( o nome Carapreta foi inspirado na lenda do Boi da Carapreta) se desenha em três fazendas: Jequitiá, Santa Mônica e Santa Terezinha divididas na criação de bovinos, ovinos e tilápias.

Clima

Região de clima predominante tropical com inverno seco embora algumas áreas apresente o clima subtropical de altitude e o clima tropical úmido. No norte de Minas, especificamente, a média anual de chuva fica entre 750 e 1100 milímetros, de forma geral. Já na estação seca, o mês de julho é considerado o mais seco. A temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC. Entretanto as temperaturas variam de acordo com o relevo (altitude) de cada localidade do estado mineiro. Entre chuva e sol, um estudo realizado pela empresa mostrou que a sombra aumenta 120 gramas por dia de ganho de peso no animal. E é neste clima com a integração lavoura pecuária floresta que a fazenda multiculturas se destaca em gestão, qualidade e sustentabilidade.

Verticalização do negócio

Depois de profissionalizar o sistema e investir em tecnologia e ciência, a verticalização da produção aconteceu de forma bastante elevada. Atingiu seu grau de excelência como um dos cases de produção de proteína animal mais sustentável do Brasil e do mundo apresentado durante a COP 26.

Para você entender o processo o esterco dos animais rico em nitrogênio, potássio e fósforo é destinado a um sistema para ser utilizado na água dos tanques da psicultura onde ficam as tilápias. A água do tanque também é utilizada para a irrigação das áreas plantadas com soja e milho que viram alimentação para o gado. Todos os dejetos também passam pelo processo de biogás instalado na propriedade que gera a energia para funcionamento do sistema de irrigação (pivôs) e o restante (sólido) vai para as lavouras. O sebo do animal é destinado a indústria de biodesel e a farinha dos ossos é transformada em ração para a psicultura.

A Carapreta possui um modelo de produção vertical com total controle da cadeia produtiva. São 70 mil cabeças de gado. (Foto Divulgação Carapreta).

A fazenda possui também uma central de monitoramento agrícola com estações meteorológicas que fornecem dados de chuva, temperatura e umidade, um drone que sobrevoa os campos de milho e soja para identificar pragas e doenças nas diversas fases de desenvolvimento da cultura. Toda essa tecnologia está o atrelados a um software que traz as métricas que vão ajudar na tomada de decisão.

Com uma equipe de 1,5 mil colaboradores, o empreendedor, médico veterinário Vitoriano Dornas, CEO da Carapreta, enxergou uma lacuna com a falta de padronização da carne bovina e perseguiu o propósito de produzir mais em menor área com qualidade e sustentabilidade.

“São 50 tipos de corte de carne com um diferencial de marmoreio e maciez únicos da raça Angus e Wagyu seguindo a tendência mundial farm to table que significa: da fazenda para a mesa. Neste caso, de uma genética de excelência para o prato do consumidor”, conta Dornas.

O resultado das boas práticas, o grau de qualidade, a economia circular e a sustentabilidade foram reconhecidas com várias certificações globais, entre elas a Certified Humane que garante para o consumidor que o alimento vem de produtores que atendem as exigências objetivas para o planeta e mais recentemente o TASTE Award do Instituto de Bruxelas que reconheceu como uma das maiores carnes do mundo em qualidade.

A Carapreta é a única empresa nacional com o selo do Certified Humane de bem-estar animal na produção de bovinos e ovinos (Foto Divulgação Carapreta)

” O consumidor faz questão de saber qual a origem do alimento que chega à sua mesa e em quais condições os animais são criados. Nosso modelo de negócio é entregar o produto padronizado com alto teor de maciez, sabor e qualidade respeitando todos os critérios baseados na sustentabilidade gerando a economia circular”, comenta Vitoriano Dornas.

Foto: Carapreta Divulgação

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