Produção, preço, mercado e sustentabilidade são destaques no primeiro dia da Conferência Internacional Datagro

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A capital paulista é palco da 23ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol. Neste primeiro dia de evento, o debate ficou concentrado nas estimativas de produção de safra, mercado, preço sustentabilidade e aspectos futuros que irão nortear a cadeia nos próximos anos.

Com a presença do vice presidente da República, Geraldo Alckmin, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados e toda cadeia produtora da cana e da indústria sucro energética, o evento trouxe aspectos da crescente demanda global por biocombustíveis, a força econômica do setor no Brasil e a relevância do segmento para promoção da descarbonização.

Luis Augusto Barbosa Cortez, professor titular da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Feagri-Unicamp) disse em sua apresentação que o etanol é uma oportunidade para o Brasil reduzir de maneira significativa as emissões de gases de efeito estufa (GEE), unificando a agenda ambiental com a produção de energias renováveis.

Durante o painel que tratou da expansão do etanol o diretor-executivo do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), Flávio Castellari, que o mundo tem um grande potencial no que diz respeito à produção de etanol. “100 países poderiam fornecer biocombustíveis, mas apenas 20 países podem oferecer gasolina. Temos condições de produzir etanol de forma rápida em todos os continentes e o etanol é sim parte da solução”, disse Castellari.

Já, Heitor Cantarella, pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), destacou o fato de o etanol (cana e milho) e o biodiesel serem produzidos de forma sustentável em grandes volumes mundo afora, com destaque para Brasil, Estados Unidos e países do Sudeste Asiático. “Atualmente, etanol e biodiesel dominam o mercado real de biocombustíveis”, ressaltou. “As agências internacionais são unânimes: é preciso aumentar a oferta de biocombustíveis para atingir as metas de descarbonização”, complementou.

O etanol brasileiro é referência para todo o mundo. O Brasil tem todos os pré-requisitos para liderar a corrida pela descarbonização, ressaltou João Irineu Medeiros, da Stellantis.

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