Alerta milho: temperatura alta deve provocar queda da umidade do solo

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O levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que 32,9% do milho primeira safra foi colhido. Em Minas Gerais, o clima tem favorecido a colheita. No Rio Grande do Sul, a colheita avança, mas as chuvas atrasam a secagem da palhada. As áreas mais tardias apresentam bom desenvolvimento. Na Bahia, as lavouras apresentam bom desenvolvimento no oeste e centro-norte do estado. No centro-sul baiano, as lavouras estão iniciando o estágio de floração. No Piauí, a semeadura está finalizada e a maioria das lavouras se desenvolve em boas condições.

Milho segunda safra

Ainda de acordo com o levantamento, 86,2% do milho segunda safra foi semeado. Em Mato Grosso, a semeadura está sendo finalizada. O manejo adequado e o clima favorável contribuem para o desenvolvimento das lavouras. No extremo oeste do Paraná, a escassez de chuvas e as altas temperaturas têm impactado no desenvolvimento do cereal. Em Mato Grosso do Sul, as condições climáticas afetam a evolução contínua da semeadura e, pontualmente, há registro de lavouras em estresse hídrico. Em Goiás, a semeadura está quase finalizada e apresenta bom desenvolvimento.

Em Minas Gerais, o clima está favorável para o progresso do plantio. No Tocantins, as lavouras estão em boas condições. No sul do Maranhão, o plantio avança satisfatoriamente. No Pará, as chuvas favoreceram o desenvolvimento das lavouras.

Tendência do Clima

Nesta semana, um bloqueio atmosférico vai inibir a formação de nuvens de chuva sobre grande parte das áreas produtoras da Região Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, sul e Triângulo Mineiro e Mato Grosso do Sul. Nestas áreas, o predomínio do tempo seco e as altas temperaturas devem provocar rápido declínio da umidade no solo e também tende a provocar estresse térmico e hídrico para alguns cultivos, especialmente do milho segunda safra.

Na segunda metade da semana outra frente fria vai conseguir avançar um pouco mais provocando chuvas mais fortes sobre áreas do sul e oeste do Rio Grande do Sul. Nessas áreas há risco para tempestades especialmente a partir da próxima quinta-feira (14/03).

No final de semana a chuva tende a se espalhar um pouco mais pelos três estados do Sul do país. No entanto, os maiores volumes precipitação devem se concentrar no Rio Grande do Sul, onde pode chover aproximadamente 100mm no início da segunda quinzena de março e, isso deve provocar paralisações na colheita do milho primeira safra.

Entre Santa Catarina e Paraná, a chuva deve ocorrer com mais intensidade sobre a faixa leste dos dois estados, mas no interior os episódios devem chegar de uma forma mais isolada e com intensidade de fraca a moderada.

Chuvas podem ser observadas nesta semana entre o Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e sul da Bahia. Nestas áreas estão previstos episódios na forma de pancadas como moderada intensidade. No entanto, a chuva não deve se espalhar pelo interior da Bahia de forma generalizada e com volumes significativos. Na maior parte do interior do estado o tempo vai continuar seco e quente.

Na faixa norte do Brasil a atuação da Zona de Convergência Intertropical continua gerando instabilidades mais intensas e maiores volumes de precipitação, especialmente entre o Piauí, Maranhão, norte do Tocantins e o Pará. Nesses estados há risco para transtornos, porque o solo já está bastante encharcado e a chuva prevista pode ultrapassar 100 mm nos próximos 5 dias.

Calorão

O destaque desta semana é a intensificação do calor no centro sul do Brasil. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, estão previstas temperaturas bastante elevadas entre o interior da Região Sul, São Paulo, Triângulo Mineiro, Mato Grosso do Sul e áreas mais ao sul entre Goiás e Mato Grosso. Nessas áreas as máximas devem ultrapassar 35°C em muitas localidades. Em áreas entre oeste da região Sul, oeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul e sudoeste Mato-grossense algumas localidades devem enfrentar máximas próximas dos 40 °C.

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