Greening cresce 56% no cinturão citrícola de SP e MG

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Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), no ano passado, a incidência média de laranjeiras com sintomas de greening no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais foi de 38,06%, o que corresponde a aproximadamente 77,22 milhões de árvores doentes do total de 202,88 milhões de laranjeiras do cinturão citrícola. Esse índice foi 56% maior do que o de 2022, estimado em 24,42%. Embora seja o sexto ano consecutivo de crescimento da incidência da doença no cinturão citrícola, foi o maior aumento em pontos percentuais de toda a série histórica desde 2008.  

“O HLB é disseminado por um pequeno inseto, o psilídeo asiático Diaphorina citri, e tem sido um desafio para os citricultores em todo o mundo. Ao contrário de muitas outras doenças de plantas, o HLB apresenta uma complexa dinâmica epidemiológica, tornando seu controle ainda mais difícil. Enquanto em culturas anuais existe a possibilidade de reiniciar os cultivos a cada safra, nos citros, uma vez que uma árvore é infectada, pouco pode ser feito para salvá-la”, conta Antonio Coutinho, Diretor de Projetos na Brandt Brasil.

Greening no mundo  

Além do Brasil, há registros em mais 130 países, de várias partes do mundo, com exceção da Europa, onde a enfermidade ainda não se estabeleceu. Para tentar conter seu avanço, o governo norte-americano já desembolsou mais de US$ 2 bilhões.

A Dra. Ute Albrecht, da Universidade da Flórida, tem conduzido testes com injeções no tronco utilizando o antibiótico oxitetraciclina (OTC). Resultados preliminares demonstram melhorias significativas na produtividade e na qualidade dos frutos em árvores tratadas, oferecendo uma esperança tangível na batalha contra o HLB.

Outra frente de batalha é a proteção das plantas por meio de telas IPCs e a aplicação de Brassinosteróides. Pesquisas conduzidas pelo professor Fernando Alferez indicam que o uso de telas antiafídeos resultou em árvores mais saudáveis, com frutos de tamanho e qualidade superiores. Além disso, o Dr. Lukasz Stelinski e sua equipe têm explorado a modificação genética de plantas para controlar o vetor do HLB, apresentando resultados promissores com a introdução de genes específicos em plantas cítricas transgênicas. 

Lucas Manfrin, da Brandt conta que novas abordagens estão sendo exploradas, incluindo o uso de reguladores vegetais e precursores de hormônios vegetais. Essas estratégias, embora promissoras, exigem um posicionamento assertivo e um acompanhamento para garantir resultados sustentáveis a longo prazo.

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